Dezembro mal começou e já é possível sentir os efeitos do Verão. O sol forte, característico dessa época do ano, além de provocar muito calor, também pode trazer riscos para a pele. Neste mês, a campanha Dezembro Laranja chama a atenção para a prevenção ao câncer de pele, doença causada, majoritariamente, por exposição solar sem proteção.
A campanha é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e, neste ano, a entidade alerta para que os cuidados com a pele sejam também aderidos à rotina dos brasileiros, assim como os cuidados necessários para combater o coronavírus.
A dermatologista cooperada Unimed Sergipe, a médica Emanuela Plech, explica que, por estarmos em país tropical, estamos sujeitos a radiações solares mais fortes, com risco de efeito cumulativo na pele e de queimaduras solares de primeiro grau ao longo da vida, o que pode ocasionar o desenvolvimento do câncer de pele.
“Para evitar isso, o ideal seria reduzir o tempo de exposição solar e ter medidas de controle, como, por exemplo, o uso de protetor solar e roupas com proteção à radiação. São maneiras de reduzir os riscos. É importante que evitemos a exposição nos horários entre 10h e 16h, que é o horário de maior incidência dos raios solares do tipo B, as que causam mais queimaduras”, explica.
Segundo o Painel da Oncologia do Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 205 mil casos de câncer de pele entre 2013 e 2021. E os números podem ser superiores a estes, considerando a subnotificação.
“Podemos ficar alertas para identificar o surgimento de câncer de pele nas seguintes situações: surgimento de ferida que não cicatriza, que pode coçar, doer ou arder ou que pode sangrar facilmente. Lesões que brilham com a luz ou surgimento de pintas com bordas irregulares, com mais de uma cor ou que estão crescendo”, exemplifica Dra. Emanuela.
Proteção
É unanimidade entre os especialistas que devemos evitar a exposição ao sol para ajudar na prevenção ao câncer de pele. No entanto, diversos profissionais não têm como fugir das radiações solares, devido ao ofício que desempenham. Nestes casos, a dermatologista afirma que o cuidado deve ser ainda maior.
“Para os trabalhadores em que há necessidade de se expor ao sol, sem poder escolher horário, recomendamos que diminuam os riscos com uso de protetor solar, sem esquecer de reaplicar a cada duas horas, e uso de chapéus ou bonés com abas que cubram as partes expostas, como face , orelhas e nuca. Tendo esses cuidados, a chance de desenvolver câncer de pele reduz muito”, pontua Emanuela.
Seja em um dia de trabalho ou um dia de lazer, em piscinas ou praias, o protetor solar é uma das principais ferramentas de proteção contra o câncer de pele. E para que essa proteção seja contínua, é necessário incorporá-la à rotina diária.
“Para qualquer tipo de pele é indicado o protetor de Fator de Proteção Solar (FPS) igual ou acima de 30. Para uma maior aceitação do uso contínuo por parte das pessoas, o veículo pode ser mais ou menos oleoso, de acordo com o tipo de pele. Num dia de trabalho em locais fechados, indicamos que se coloque o protetor pela manhã, 30 minutos antes de sair de casa e se reaplique no horário de saída para exposição solar”, frisa a dermatologista.
“Em um dia de praia, como há uma exposição mais contínua, pedimos que se aplique meia hora antes de sair de casa e se reaplique a cada duas horas ou antes, se houver transpiração excessiva. Se entrar no mar, deve se secar e reaplicar logo em seguida. Não devemos esquecer de passar o protetor também em locais como orelha, nuca e dorso da mão e devemos deixar o couro cabeludo protegido”, completa a médica.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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