Dia de Reis – religiosidade e tradição

Para aqueles que seguem as tradições, neste sábado – Dia de Reis – é dia de desarrumar a árvore de Natal, desmontar presépios e guardar tudo o que diz respeito ao Natal. Mas, o dia também é marcado por celebrações religiosas e a igreja católica comemora o Dia da Epifania do Senhor.

De acordo com o assessor de comunicação da Cúria, Edmilson Brito, epifania significa ‘manifestação’. “É quando os três reis magos vão conhecer Jesus e acontece a sua apresentação ao mundo”, explica. Na Catedral Metropolitana, as celebrações das missas acontecerão às 7h, 14h30 e às 19h30.

Quando este dia cai de segunda a sexta-feira a Igreja transfere o seu calendário de comemorações para o dia de domingo – neste caso 7 de janeiro. “Em algumas paróquias, no sábado, a partir das 18h, a liturgia já é a de domingo. Neste dia, a celebração marca o fim do período natalino e todas as paróquias comemoram”, diz ele, comentando que depois, a partir do dia 8 de janeiro, inicia para a Igreja a liturgia do tempo comum – período sem nenhuma festa de grande importância até a Quaresma.

Árvore de Natal

O dia de montar a ornamentação de Natal varia de país para país. Em muitas cidades dos Estados Unidos, por exemplo, só se monta a árvore na véspera de Natal. É a famosa “noite anterior”, tão esperada pelas crianças. Em muitos países da Europa, já no dia 25 de novembro, um mês antes, a população monta o presépio e a árvore. Entre nós nunca se firmou uma tradição, apenas a de desmontar – dia 6 de janeiro, Dia de Reis.

Segundo a História, os reis avisaram a Maria e a José do perigo representado por Herodes. O casal fez de tudo para não deixar pista do nascimento do menino Jesus para os soldados do Rei. Assim, segundo a tradição, no dia 6 de janeiro nós também devemos guardar tudo o que diz respeito a Natal.

A jornalista Alessandra Franco conta que em sua casa existe a tradição de desmontar a árvore no dia 6 de janeiro. “Todo ano minha mãe desmonta a árvore no Dia de Reis e está programado para desmontar hoje, como de costume. O significado eu não sei, mas por ser um ato que foi passando de geração em geração optamos por mantê-lo”, diz. 

“Estando num ritmo normal, a gente segue. Num momento excepcional, se por acaso estivermos viajando por exemplo, este ritual muda”, completa.

Os Reis Magos

A festa da Epifania tem sua origem na Igreja do Oriente. Diferentemente da Europa, no dia 6 de janeiro tanto no Egito como na Arábia se celebra o solstício, festejando o sol vitorioso com evocações míticas muito antigas. Epifanio explica que os pagãos celebravam o solstício invernal e o aumento da luz aos treze dias desta mudança; nos diz também que os pagãos faziam uma festa significativa e suntuosa no templo de Coré. Cosme de Jerusalém conta que os pagãos celebravam uma festa muito antes dos cristãos com ritos  noturnos nos quais gritavam: “a virgem deu à luz, a luz cresce”.

Enquanto no Oriente a Epifania é a festa da Encarnação, no Ocidente se celebra com esta festa a revelação de Jesus ao mundo pagão, a verdadeira Epifania. A celebração gira em torno à adoração à qual foi sujeito o Menino Jesus por parte dos três Reis Magos (Mt 2 1-12) como símbolo do reconhecimento do mundo pagão de que Cristo é o salvador de toda a humanidade.

De acordo com a tradição da Igreja do século I, estes magos são como homens poderosos e sábios, possivelmente reis de nações ao leste do Mediterrâneo, homens que por sua cultura e espiritualidade cultivavam seu conhecimento do homem e da natureza esforçando-se especialmente para manter um contato com Deus. Da  passagem bíblica sabemos que são magos, que vieram do Oriente e que como presente trouxeram incenso, ouro e mirra; da tradição dos primeiros séculos nos diz que foram três reis sábios: Belchior, Gaspar e Baltazar. Até o ano de 474 d.C seus restos estiveram na Constantinopla, a capital cristã mais importante no Oriente; em seguida foram trasladados para a catedral de Milão (Itália) e em 1164 foram trasladados para  a cidade de Colônia (Alemanha), onde permanecem até nossos dias.

Trazer presentes às crianças no dia 6 de janeiro corresponde à comemoração da generosidade que estes magos tiveram ao adorar o Menino Jesus e trazer-lhe presentes levando em conta que “o que fizerdes a cada um destes pequenos, a mim o fazeis” (Mt. 25, 40); às crianças fazendo-lhes viver formosa e delicadamente a fantasia do acontecimento e aos adultos como mostra de amor e fé a Cristo recém nascido.

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