Dieese divulga dados sobre valor da cesta básica

O preço da cesta básica registrou, em 2004, um comportamento diferenciado nas dezesseis capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos – Dieese – realiza, mensalmente, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica.

Dez cidades apresentaram altas nos preços, sendo que em três delas superiores ao aumento que o Departamento registrou, em 2004, no Índice do Custo de Vida (7,70%). São elas: Vitória (9,41%), Brasília (8,65%) e Goiânia (7,87%). Já em seis capitais pesquisadas (cinco delas do Nordeste), o custo da cesta caiu. As principais reduções foram apuradas em Recife (-5,17%), Aracaju (-4,40%) e Salvador (-3,56%).

Considerando-se apenas os índices verificados em dezembro, somente quatro locais apresentaram recuo no preço da cesta. Belo Horizonte (-2,38%) teve a redução mais expressiva. As elevações mais acentuadas foram em Natal (3,15%), Brasília (2,94%) e Vitória (2,68%).

Os valores mais elevados para o conjunto de produtos básicos foram verificados onde a cesta conta com treze produtos: Porto Alegre (R$ 174,75), São Paulo (R$ 172,20), Brasília (R$ 168,73) e Rio de Janeiro (R$ 165,38). Já os custos menores foram apurados em cidades do Nordeste, onde 12 itens compõem a cesta: Recife (R$ 122,99), Fortaleza (R$ 124,73), Salvador (R$ 125,84) e João Pessoa (R$ 126,13).

Baseando-se no maior custo verificado para a cesta básica, e levando em consideração o preceito constitucional, que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para manter o trabalhador e sua família, suprindo suas despesas com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese estima, mensalmente, o valor que o mínimo deveria ter.

Segundo o Dieese, em dezembro ele teria o valor de R$ 1.468,08, ou seja, 5,64 vezes o mínimo vigente. Já no mesmo em mês em 2003, o piso necessário correspondia a R$ 1.420,61 – 5,92 vezes o então em vigor (R$ 240,00).
 


 

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