Diocese afasta padre acusado de pedofilia em Glória

D. Mário afasta padre acusado e aguarda conclusão da justiça (Foto: Arquivo Portal Infonet)

A Diocese de Propriá afastou o padre Márcio Gonzaga de Lima, da Paróquia de Nossa Senhora da Glória, consequência do envolvimento dele com o crime de estupro de vulnerável. A polícia concluiu as investigações, e indiciou o padre, cujo inquérito policial já está concluído e remetido à justiça.

De acordo com informações do delegado Antonio Francisco de Oliveira, são fortes os indícios da participação do padre no crime de estupro a vulnerável. A própria vítima, um garoto de 12 anos, confessou o relacionamento e contou detalhes à polícia sobre o abuso que teria sofrido.

O bispo D. Mário Rino Sivieri, da Diocese de Propriá, informou que o padre está proibido de exercer qualquer cargo na igreja em qualquer parte do mundo. “Ele está em retiro e ontem mesmo, quando soube, o afastei”, informou o bispo. Para o bispo, o silêncio do pároco, neste momento, é a melhor alternativa. “É aguardar o que a justiça vai dizer”, considerou.

D. Mário declara-se surpreso com os desdobramentos e diz que é a primeira vez que convive com fatos desta natureza. Por estas razões, ele diz que solicitará instruções da Santa Sé, em Roma, na Itália, para identificar os procedimentos que devem ser adotados, além do afastamento do padre acusado.

Vazamento de informações

As denúncias contra o padre foram feitas de forma anônima por meio do Disque Denúncia [o número 100] do Ministério da Justiça e chegaram de forma simultânea à Delegacia de Polícia, ao Conselho Tutelar da cidade e também ao Ministério Público Estadual. Há suspeita que houve vazamento de informações, uma vez que até mesmo antes da polícia procurar a vítima, o padre teria se dirigido à família pedindo para esquecer as denúncias que seriam infundadas.

Há suspeita que o vazamento de informações teria partido do Conselho Tutelar. A mãe de um conselheiro presta serviços ao padre, como cozinheiro, e teria transmitido informações sobre as denúncias. O conselheiro Jeferson Silva de Oliveira confirma ser filho da senhora que presta serviços à paróquia, mas negou a ocorrência de vazamento de informações. “Minha mãe realmente trabalha lá, mas não recebeu nenhuma informação sobre isso porque é sigilo do Conselho”, garante.

Por Cássia Santana

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