O diretor do Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe), Manoel Lúcio Neto, falou sobre a fuga de Floro Calheiros no último domingo, 21. Ele descreveu a ação do ex-presidiário e procurou abster a Secretaria de Justiça (Sejuc) da culpa. “Sempre fomos contra a ida dele para o Hospital São Lucas”, diz. Manoel Lúcio Neto, diretor do Desipe
A princípio, nenhuma hipótese está sendo descartada, informa Lúcio, o que significa que podem ocorrer processos administrativos na Polícia Militar e Sejuc, assim como funcionários do hospital podem ser ouvidos. O secretário de Segurança Pública, Kércio Pinto, já pediu a cópia dos depoimentos para fazer análise. Pinto encabeçou as duas prisões de Floro, a primeira pela PF e a segunda pela SSP.
De quem é a culpa?
Floro foi liberado para atendimento médico em hospital particular através de determinação judicial, assinada pela juíza Maria de Fátima Barros. “Na quinta chegou a ordem e tive que cumprir”, fala Lúcio. O documento ainda especificava que Calheiros deveria ser internado no São Lucas ou na clínica Renascença, observado por médico de sua confiança. Lúcio reafirma que Desipe sempre foi contra a ida de Floro para hospital particular
Manoel Lúcio acredita que o péssimo estado de saúde do acusado de três crimes em Sergipe foi puro teatro e descarta uma falha na distribuição dos quatro agentes como decisiva para a surpreendente ação de Floro. Questionado sobre quem é o culpado, Lúcio respondeu. “Eu também estou procurando”, retrucou.
O drible na segurança
Segundo o relato dos agentes, três homens chegaram ao hospital por volta das 8h10. Quatro homens faziam a vigília de onde o preso estava internado, quando os ajudantes do agiota bateram a porta do apartamento. (Foto: Arquivo Infonet)
Floro aproveitou a distração dos agentes em descobrir quem seria a suposta visita, levantou da cama, sacou uma arma e, sozinho, obrigou o quarteto a abrir a porta. Os bandidos amarraram os seguranças, enquanto Calheiros vestiu um jaleco, pôs uma peruca na cabeça e fugiu pela lateral do São Lucas com um de seus auxiliares. O restante saiu do local pela porta da urgência.
Os policiais do Batalhão de Choque, que estavam ajudando na segurança do lugar durante a estada de Floro, não estavam no hospital no momento da fuga, assim como o COE estava ausente na 1ª Delegacia Metropolitana quando ele fugiu pela primeira vez, em 2003. A última visita que Calheiros recebeu antes de escapar foi do seu advogado, Alexandre Maciel.
Por Glauco Vinícius e Aldaci de SouzaPortal Infonet no WhatsApp
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