Donos de bar em Socorro lamentam demolição e se dizem injustiçados

A falta de justiça, no caso, é baseada nas declarações de representantes do poder executivo local de que eles e outros donos não teriam alvará de funcionamento. “Nós temos licença, sim. E o que revolta é que estão confundindo a gente com o povo que faz bagunça”, fala João.

A bagunça mencionada tem a ver com a decisão do Ministério Público da cidade, que pediu a destruição dos estabelecimentos devido a um descumprimento de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual a prefeitura se comprometeu a resolver o problema da poluição sonora no local, além de padronizar os bares.

O dono da Churrascaria Trevo, Willian, passa por situação semelhante. A diferença é que as máquinas já passaram por cima do seu comércio na última terça, 3. “Eles não quiseram nem saber, derrubaram tudo e os clientes saíram correndo, todos assustados”, fala.

Sem ordem judicial

De acordo com a denúncia do casal, que é dono do bar ‘Pingo de Ouro’, os prédios estão indo ao chão sem apresentação de ordem judicial. “O povo pede, mas eles desconversam, dizem que ordem é ordem e passam o trator por cima”, diz a proprietária.

A demolição do bar de João e Gedalva está marcada para sexta, 5, e o prejuízo é avaliado em mais de R$ 70 mil. No total, cinco bares deixam de funcionar e 40 pessoas foram demitidas. Por não ter cumprido as recomendações, a prefeitura terá que pagar multa de R$ 180 mil.

Por telefone, o Portal Infonet procurou o promotor que está à frente do caso, Sandro Luis Costa, para explicar a situação, mas ele não atendeu o telefone. A assessoria de comunicação da prefeitura de Socorro também não foi localizada para comentar o assunto.

Por Glauco Vinícius e Aldaci de Souza