Dor e boas lembranças marcam velório de soldado do Getam

Velório acontece no Osaf à rua Itaporanga (Fotos: Portal Infonet)

A dor estampada na fisionomia de familiares e amigos, demonstra o quão querido era o soldado do Grupamento Especial Tático de Motos (Getam), Alisson Bomfim, durante o velório que acontece por toda esta segunda-feira, 21 no Velatório Osaf [rua Itaporanga]. O militar morreu quando perseguia dois homens suspeitos na Avenida Visconde de Maracaju. O relações públicas da Polícia Militar de Sergipe, tenente-coronel Paulo Paiva informou que a corporação saberá reconhecer que o soldado morreu durante serviço, defendendo a população e será sepultado às 15h no Cemitério Santa Izabel, com honras militares.

“Esse grupamento entra em serviço aos domingos e o Alisson estava de serviço. Por volta das 15h30 estavam nas proximidades do Santos Dumont, quando avistaram uma motocicleta Lander de cor vermelha, em atitudes suspeitas com dois elementos. O GP embarcou e saiu em perseguição. A moto que o Alisson pilotava é o que tem o carona. Outros dois policiais se adiantaram porque embarcaram mais rapidamente e eles vieram em seguida”, conta.

Socorro

Colegas desolados

Tenente-coronel Paiva ressaltou que na avenida Juscelino Kubitschek, conhecida como Visconde de Maracaju, logo depois de descerem a ladeira próximo à Clínica São Marcelo, em alta velocidade, o Alisson precisou acionar os freios, inclusive marcou uma frenagem de 47 metros na faixa da esquerda. “Ele perdeu o controle da motocicleta e se chocou contra a guia do canteiro central, tendo sido projetados 25 metros. O Alisson se chocou contra uma árvore e o Oliveira Jr caiu no próprio canteiro. Ambos foram socorridos pela pessoal da guarnição e pelo Samu que chegou com rapidez ao local, foram levado ao HUSE, o médico do Hospital da PM que estava de plantão foi acionado e todo atendimento que poderia ser dado, foi dado no momento, mas infelizmente o Alisson ficou muito ferido, teve hemorragia interna, acabou fazendo três paradas cardíacas e no início da noite veio a óbito”, lamenta.

Licença

Sobre os comentários nas redes sociais dando conta de que o soldado estava cumprindo licença paternidade e mesmo assim foi escalado para trabalhar, Paiva desmentiu: “ele tinha cumprido a licença paternidade como um todo. A filhinha dele nasceu há 14 dias, ele cumpriu toda a licença paternidade, que acabou no sábado e o domingo era o primeiro dia de serviço dele e ele foi escalado normalmente”.

Honras

Cabo Magalhães: "Alisson gostava do que fazia"

Durante o velório, Paulo Paiva enfatizou que a Polícia Militar está enlutada e que o soldado será sepultado com honras militares. “Isso já que ele morreu heroicamente, de serviço, defendendo a população do nosso estado, empreendendo perseguição contra suspeitos e infelizmente nesse fatídico acidente acabou perdendo sua vida, que sacrificou pela segurança do nosso povo. A Polícia Militar saberá reconhecer isso e tenho certeza que os policiais militares comparecerão em massa ao sepultamento, para prestar essa última homenagem a esse guerreiro que merece todo o nosso respeito e consideração”, garante acrescentando que o colega que estava na garupa, Oliveira Júnior, fraturou um braço, algumas costelas, foram feitos alguns exames fora do Huse e ele está fora de perigo.

Lembranças

Tenente-coronel Paulo Paiva: "PM saberá reconhecer o ato de heroismo"

Para os amigos, ficarão as lembranças da alegria de Alisson Bomfim. “Ele era uma pessoa muito alegre, ativo demais e gostava do que fazia. Morreu ainda jovem, aos 32 anos, prestando serviço à sociedade, mas infelizmente não estamos vendo ninguém aqui dos Direitos Humanos para dar uma força à família, como se quem paga impostos são os bandidos”, destaca o cabo José Magalhães.

Alisson Bomfim deixa esposa e dois filhos, sendo um recém-nascido.

Por Aldaci de Souza