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Velório foi realizado nesta quarta-feira, 3 |
Muita dor e revolta no velório do funcionário da Coca-Cola que foi assassinado a tiros durante uma tentativa de assalto no conjunto Almirante Tamandaré. O fato ocorreu quando Edvan José Cardoso da Silva, 31 anos, realizava uma entrega a um ponto de venda. Revoltando com a situação, funcionários que trabalham na distribuição de mercadorias realizaram uma manifestação nesta quarta-feira, 3, e logo depois seguiram em carreata para o velório do colega assassinado.
De acordo com familiares, Edvan trabalhava há dois meses na empresa e não tinha ideia do perigo que rodeava os funcionários que trabalham na distribuição das mercadorias. “Eles escalaram meu irmão para um lugar que sabiam quer eram perigoso. Aproveitaram o fato de que ele era novato e o colocaram nessa tocaia. Meu irmão estava lá apenas dois meses, ele faria o que mandassem”, desabafa a irmã.
Lucicleide afirma que representantes da empresa enviaram uma coroa de flores e ligaram afirmando que irão prestar a assistência necessária. “Infelizmente, nada vai trazer meu irmão de volta. Queremos justiça, mas não sei se a justiça da terra vai resolver algo, pois eles prendem, soltam e depois essa pessoa volta a matar um outro pai de família. Acreditamos na justiça de Deus, que é quem nos fortalece nesse momento”, conta.
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Funcionários foram até o velório do colega assassinado |
Edvan José iria completar 32 anos nesta quinta-feira, 4. Ele era pai de um menino de cinco anos e aguardava para estes dias a chegada do seu segundo filho.
Insatisfação
Após realizarem um ato na porta da empresa, os funcionários seguiram para o Almirante Tamandaré, onde fizeram uma corrente de oração. O grupo também seguiu até velório para as últimas homenagens ao colega.
A situação é insegurança para estes trabalhadores. De acordo com Edson Gonçalves, a sensação de medo se tornou ainda maior com a retirada da escolta. “O chefe de segurança cortou a escolta e agora estamos ainda mais inseguros porque andamos com boleto e dinheiro, o que atrai os marginais. Trabalhamos assustados”, diz ao destacar que além dos assaltos nas ruas, também são registrados um média de três assaltos por semana na base da empesa.
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Funcionários falaram sobre a insegurança no trabalho |
A luta dos funcionários envolve a implantação de medidas de segurança e também o reajuste no valor do Vale Refeição e a criação de um sindicato específico para a categoria.
Os profissionais prometem outra manifestação para os próximos dias.
Empresa
Em nota enviada pela imprensa, a Solar esclarece que não procede a informação de que acontecem semanalmente assaltos aos seus caminhões de distribuição e lamenta mais uma vez o falecimento do funcionário Edvan Jose Cardoso da Silva, morto durante uma tentativa de assalto a um ponto de venda no bairro Santos Dumont. A nota diz ainda que Companhia esteve em contato com a família do funcionário para expressar suas condolências e está prestando toda a assistência necessária.
A Solar também disse que eventuais escoltas são programadas quando há transporte de valor, em áreas de maior risco. A Solar reafirma seu compromisso com a qualidade de vida e bem estar de seus funcionários e informa, ainda, que investe constantemente na melhoria das condições de trabalho, possuindo práticas de gestão reconhecidas, além de oferecer benefícios aos seus colaboradores e familiares.
Por Verlane Estácio
A matéria foi alterada às 18h44 para acréscimo de nota enviada pela Solar.
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