Um duto da Petrobras, que atende a quatro poços de petróleo, no município de Riachuelo, estourou e provocou o vazamento de uma grande quantidade de óleo, que já está atingindo o rio Sergipe naquela região. A dimensão do dano ainda não foi calculada e os técnicos da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) estão na região fazendo avaliação. De acordo com informações do diretor-presidente da Adema, Gilvan Dias, os danos ambientais causados por este acidente serão investigados em inquérito administrativo, que já está sendo instaurado no âmbito do órgão ambiental.
O duto estourou na segunda-feira, 25, mas a Adema só tomou conhecimento nesta quarta-feira e até o momento a situação ainda não foi controlada. Além de do rio Sergipe, o solo também foi afetado, segundo Gilvan Dias. A situação é preocupante, na ótica do diretor-presidente da Adema. Equipes tentam conter a proliferação do óleo nas águas do rio Sergipe e estão utilizando boias para separar a água do óleo, mas a situação é preocupante em função das chuvas. “Quanto mais chove, pior fica a situação porque o óleo corre para o rio”, diz Gilvan Dias. “Temos que correr contra o tempo para mitigar as ações”, destaca.
Reincidência
A Adema já está considerando a Petrobras como reincidente na prática de crimes ambientais em Sergipe. Esse é o segundo ocorrido em um período inferior a 15 dias. De acordo com Gilvan Dias, o primeiro aconteceu em Japaratuba, também em proporções preocupantes. Conforme o presidente da Adema, em Japaratuba há suspeita de imperícia dos técnicos que operavam na região, realizando manutenção de poços que não estavam em operação. Nesse caso, a Adema já expediu o auto de notificação à Petrobras.
A Petrobras se manifestou em nota enviada na tarde desta quarta-feira, 27. Na nota, a Companhia Petrolífera informa que o vazamento, de cerca de 0,8 metros cúbicos no campo de Riachuelo, foi identificado por volta das 7h30 da manhã da segunda-feira, 25. Segundo a Petrobras, o vazamento foi contido no mesmo dia. “A operação de poços e linhas de produção do campo foi paralisada e equipes de resposta à emergência foram acionadas de imediato para instalação de barreiras, limpeza do local e monitoramento ambiental”, destaca a nota enviada pela assessoria de imprensa.
A Petrobras informa que os órgãos responsáveis foram notificados, mas admite que a causa ainda não identificada. A Petrobras informa que as equipes da estatal seguem trabalhando na área e que as causas da ocorrência estão sendo apuradas. Apesar do Portal Infonet solicitar informações sobre o episódio de Japaratuba, a Petrobras não se manifestou.
Por Cassia Santana
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