“E à vista, quanto custa?”, por Wenderson Wanzeller

Dizia um senhor que era conhecido como o maior pão-duro de sua cidade: “Economia mesmo a gente só faz com aquilo que deixamos de gastar”. E mesmo não me considerando um senhor, ainda mais pão-duro, eu concordo plenamente com o ponto de vista do velhinho avarento.

 

O dinheiro continua sendo a mola mestra da economia de varejo. Basta o comerciante de uma loja desconfiar que você é um possível comprador à vista que as portas de um novo mundo serão abertas instantaneamente para você. Porem, pouca gente tem feito valer esse enorme poder de fogo e, mesmo estando com o dinheiro disponível para a chamada compra à vista, não se atreve a tentar negociar um bom desconto.

 

No ato da composição do preço de venda de uma mercadoria todos os seus custos são repassados para o preço final do produto, incluindo os juros do possível financiamento de uma compra parcelada. Este, para quem ainda tinha dúvidas, é o verdadeiro motivo pelo qual vemos tantas mercadorias vendidas à prazo sem nenhuma alteração em seu preço de à vista. 

 

Então da próxima vez que você for comprar alguma coisa com dinheiro, pechinche, e por mais improvável que um desconto possa parecer, não se intimide, lembre-se apenas do que disse o sábio velhinho “Economia mesmo a gente só faz com aquilo que deixamos de gastar”.

 

Wenderson Wanzeller é atuário, colunista e comentarista econômico

wanzeller@infonet.com.br

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