Economista dá 7 dicas de como curtir o carnaval gastando pouco

Rafael Saldanha enumera sete dicas válidas para os foliões. (Foto: Portal Infonet)

Organizar as finanças no início do ano é uma tarefa complicada, principalmente para os foliões que almejam curtir o carnaval, tradicionalmente realizado entre fevereiro e março. Os gastos das festas, somados aos pagamentos tradicionais do período costumam gerar danos financeiros difíceis de serem recuperados no decorrer do ano. Mas nem tudo está perdido e os foliões podem encontrar alternativas econômicas para uma diversão planejada e com consciência.

Ao Portal Infonet, o economista Rafael Saldanha explicou algumas dessas alternativas e apresentou sete dicas importantes para que a folia seja aproveitada sem danos à saúde financeira do consumidor.

Dica 1 – Guardar parcela do salário

Uma pergunta pode ser a chave para a economia no carnaval: “Quanto estou disposto a gastar no carnaval?”. Segundo Rafael Saldanha, é partindo desse questionamento que o folião deve dispensar de 10 a 15% do salário para o período e, na sequência, planejar o gasto diário durante os dias de diversão. “Esse é um valor que consideramos a partir da informação de que a pessoa não está ‘enforcada’ financeiramente. Ao definir quanto será gasto, de forma geral, acontece a divisão do valor diário”, orienta o economista.

Dica 2 – Não utilizar a reserva de emergência

Considerada pelos estudiosos da área como item básico para a saúde financeira de qualquer família, a reserva de emergência não deve ser usada para o lazer. Pelo menos é o que indica o economista Rafael, “Quando falamos de reserva é somente para emergência e não para festa. O consumidor gerará um endividamento ao tirar da sua caixa-forte, que é para um acidente, para um problema de saúde”, alerta.

Rafael Saldanha salienta, porém, que a utilização de reservas pode ocorrer, desde que haja um outro fundo próprio para o evento ou para o lazer. “Se você se preparou muito antes, ótimo, mas se for do dinheiro que você deixa ali guardado para imprevistos, não aconselho”, complementa.

Dica 3 – Economizar fazendo ‘esquenta’

As tradicionais festinhas de ‘esquenta’ também são uma alternativa viável e com resultados financeiros consideráveis. Ao se levar em conta que os maiores gastos na folia são com bebida e alimentação, o esquenta surge como uma opção relevante para aqueles que compram os produtos em supermercados ou distribuidoras. “No esquenta você deixa de pagar, por exemplo R$ 5 em uma latinha de cerveja no circuito, e compra a R$ 2 ou R$ 3. Já economiza um bom valor e chegará na festa em um estado mais ‘alegre’, como costumamos dizer”, exemplifica.

Dica 4 – Evitar o uso de automóvel particular

Além dos riscos de acidentes e da Lei Seca, que atua diretamente na punição a condutores em estado alcoólico alterado, o uso de um automóvel particular para a ida à área da festa pode gerar outros problemas financeiros. “A partir do esquenta, deixamos uma dica muito válida que é não beber e utilizar automóvel particular, porque há um risco muito grande e, financeiramente falando, o folião pode ser multado, vai gastar caro com estacionamento e ainda vai correr o risco de ter o bem vandalizado”, diz o profissional.

Dica 5 – Fazer alimentações maiores em casa

Para quem gosta de cozinhar essa dica cai como uma luva no período carnavalesco. Rafael Saldanha explica que a alimentação caseira pode custar muito barato e aliviar ainda mais o bolso do folião que vai festejar e gastar calorias. “A alimentação é algo que dispensa muito dinheiro na folia. Se a pessoa vai sair depois do almoço, o ideal é fazer uma alimentação reforçada e deixar algo pronto para quando chegar da festa. Óbvio que ninguém ficará de 6h a 12h sem se alimentar, mas se ocorrer um lanche na rua, será algo mais rápido e barato”, completa.

Dica 6 – Concentrar gasto mínimo em fantasias

Traje tradicional no carnaval, a fantasia faz parte da diversão e é objeto de venda de diversas lojinhas e confeccionistas, mas para o economista deve ser um adereço alvo de análise para evitar um gasto com pouco custo x benefício. “Muitas vezes o folião sai e volta com a fantasia deteriorada. O recomendado é gastar o mínimo possível porque ela dificilmente será reaproveitada. Tenta gastar pouco com isso ou faz em casa mesmo”, diz.

Dica 7 – Festejar em casa

A última dica direcionada pelo economista Rafael Saldanha pode ser interpretada como falha, mas possui relevância para aqueles que não se sentem tentados à diversão em grandes centros. “Nesse contexto, surge a opção de se divertir em uma festa caseira e com familiares”, explica Rafael, que identifica nesta escolha um apanhado geral de todas as dicas anteriores.

por Daniel Rezende

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