Edvaldo é o primeiro comunista prefeito de uma capital brasileira

Hoje, 31, pela primeira vez em seus 84 anos de história, o PCdoB estará assumindo a Prefeitura de uma capital brasileira. O motivo para tanto é a saída de Marcelo Déda (PT) da Prefeitura Municipal de Aracaju. Ele se afasta da administração municipal, deixando em seu lugar o atual vice-prefeito, Edvaldo Nogueira (PCdoB). 

A solenidade de transmissão do cargo acontece às 14 horas na Assembléia Legislativa de Sergipe. A partir deste momento os integrantes do PCdoB entendem que Edvaldo Nogueira terá um importante papel a cumprir na condução dos rumos de Aracaju. O significado simbólico e político do acontecimento para o partido, trará a capital sergipana diversas personalidades políticas nacional.

Dentre os que já confirmaram presença estão o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo; o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo e o líder da bancada comunista da Câmara, Inácio Arruda. Eles participarão também do ato público e da caminhada que conduzirá Marcelo Déda até a sua residência.

“A população sergipana deve presenciar este importante ato da história brasileira. Devemos ter uma marcante presença do PCdoB no próximo dia 31, que depois desta data, terá uma atuação ainda mais destacada na vida de todos os aracajuanos”, comentou o presidente estadual do PCdoB, Bosco Rolemberg.

Curiosidades – Edvaldo Nogueira será o 57º prefeito na secessão da administração de Aracaju. Ele terá dois anos e nove meses de gestão frente à Prefeitura da capital. Há seis anos Nogueira acompanha Marcelo Déda como vice-prefeito de Aracaju, assumindo por diversas vezes, interinamente, o cargo de prefeito.

Vale ressaltar ainda que o primeiro intendente de Aracaju foi Olímpio Campos. Outro fato que é interessante em ser destacado é que, em 1945, Iedo Fiúsa, candidato comunista à presidência da república, foi o mais votado em Aracaju, única capital onde ele venceu as eleições.

A posse de Edvaldo Nogueira como prefeito no dia de hoje, traz ainda como pano de fundo uma certa ironia histórica. Isto porque há 42 anos atrás, os militares tomavam o poder, dando início ao período de ditadura militar que iria perdura no Brasil até o ano de 1985. Apesar de o golpe ter acontecido em 1º de abril, hoje, 31, é o dia em que o fato é lembrado pela sociedade brasileira.