Em greve, servidores dos Correios fazem ato de alerta em Lagarto

Ato dos servidores ocorreu na manhã desta quinta-feira

Há duas semanas em greve, os servidores dos Correios fizeram novo ato na manhã desta quarta-feira, 3, na cidade de Lagarto. Eles se reuniram em frente a agência dos Correios com o objetivo de conscientizar a população dos motivos da greve e dos riscos de uma privatização da empresa.

A greve dos servidores é contra a privatização da empresa e pela defesa de garantias trabalhistas. De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Sergipe (Sintect), Jean Marcel, a empresa apresentou um lucro de R$600 milhões no primeiro semestre e quer retirar direitos trabalhistas historicamente adquiridos.

Ele ressalta que os Correios continuou operando como serviço essencial durante toda pandemia e que mais de 100 funcionários morreram neste período em todo país. “A empresa não parou, o e-comerce só ampliou os rendimentos, e os funcionários que estão na linha de frente não podem perder seus direitos”, alerta.

Jean lembra que esta reforma interna nos Correios tem a real intenção de privatiza-la. E conta que estão peregrinando nos municípios para conscientizar ainda mais pessoas sobre este risco. “Eles querem uma empresa mais leve, mais enxuta e mais atrativa para aqueles que quiserem comprar. Querem vender a empresa pronta, mas sabendo que não irão fazer o trabalho social que o Correios faz. A empresa sendo vendida, não haverá cedes em cidades pequenas”, diz.

Sindicato vai ao interior informar o real motivo da greve

Salário

Parte do salário dos trabalhadores dos Correios, em greve nacional, foi indevidamente cortado pelo governo Federal. De acordo co Jean Marcel, a Federação de Trabalhadores dos Correios já entrou com ação para que o governo devolva o dinheiro dos trabalhadores.

Correios

Através de nota a assessoria de comunicação dos Correios volta a afirmar que a empresa não tem mais como suportar as altas despesas, o que significa, dentre outras ações que já estão em andamento, discutir benefícios que foram concedidos em outros momentos e que não condizem com a realidade atual de mercado, assegurando todos os direitos dos empregados previstos na legislação. A paralisação parcial em curso somente agrava esta situação.

“É lamentável que a intransigência das entidades representativas, que tornaram a greve uma prática quase anual, sejam responsáveis por prejuízos irreparáveis à sociedade, aos empreendedores e à empresa. Operações importantes executadas pela estatal, atreladas à políticas sociais e de saúde, para citar algumas, têm sido impactadas e estão afetando o funcionamento de serviços públicos prestados aos cidadãos.

Os Correios aguardam o julgamento do Dissídio de Greve pelo Tribunal Superior do Trabalho e esperam o fim deste impasse, que tanto prejudica toda a população brasileira. Vale ressaltar que a empresa tem preservado empregos, salários e todos os direitos previstos na CLT, bem como outros benefícios do seu efetivo”, diz nota.

 

por Raquel Almeida

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