Em quatro meses, 59 crianças desapareceram em Sergipe

Apenas no primeiro quadrimestre deste ano, quase 60 crianças e adolescentes tiveram seus desaparecimentos comunicados à polícia em Sergipe (Foto: Pixabay)

Apenas nos quatro primeiros meses deste ano, já são 59 crianças e adolescentes com registro de desaparecimento em Sergipe. A informação foi passada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP/E), nesta quinta-feira, 25. Os dados acendem o alerta neste Dia Internacional das Criança Desaparecida, 25 de maio.

Em Sergipe, ainda conforme o levantamento da CEACRim, da SSP, durante todo o ano de 2021, 112 crianças e adolescentes foram registrados como desaparecidos no estado. No ano seguinte, 2022, foram registrados 149 jovens desaparecidos.

O delegado Ronaldo Marinho, da Delegacia Especial de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Deacav), vinculada ao Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), da Polícia Civil de Sergipe, explicou o que é caracterizado como desaparecimento.

“Quando se procura essa criança e não a encontra em casa, na escola ou em qualquer situação semelhante, ela é considerada desaparecida. No primeiro momento, em que você faz aquela busca na família e na vizinhança e a criança não é encontrada, é preciso ir imediatamente registrar o boletim de ocorrência”, alerta o delegado Ronaldo Marinho.

Ao procurar a polícia, os pais e responsáveis devem estar munidos de informações que irão auxiliar o trabalho de busca. “Nós orientamos que as pessoas responsáveis se dirijam imediatamente a uma delegacia de polícia, mas é interessante que se leve fotos atuais e informações sobre quais roupas a criança ou adolescente vestia, sobre amizades ou detalhes acerca do comportamento para a gente identificar o perfil e fazer a busca para encontrar a pessoa desaparecida”, orientou.

Sinais de alerta

Conflitos familiares. “Como brigas familiares e desajustes da família que levam a criança ou o adolescente a sair de casa. Esse é um problema que a gente tem que enfrentar e, ao identificar isso, buscar toda a rede de proteção à criança e ao adolescente. Até porque essas crianças e adolescentes podem ser inseridas em redes de prostituição ou mesmo de doação ilegal”, acrescentou.

Questões de saúde: “O processo de pandemia criou uma série de problemas com acompanhamento psicológico e esses fatores devem ser observados na criança e no adolescente. São sinais que o jovem apresenta e que demonstra necessidade de um atendimento mais detalhado com profissionais habilitados”, alertou.

Delegacia especializada

Em Aracaju, a Deacav fica localizada no DAGV, que fica situado na rua Itabaiana, nº 258, no bairro São José, na região central de Aracaju. Os casos também podem ser comunicados com o registro do boletim de ocorrência em qualquer delegacia da Polícia Civil, Informações sobre pessoas desaparecidas podem ser encaminhadas à polícia por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181. Os casos de urgência e flagrantes podem ser direcionados à Polícia Militar pelo telefone 190.

*Com informações da SSP/SE

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