A primeira edição da Expo Favela Innovation – edição Sergipe foi um sucesso! Cerca de quatro mil pessoas estiveram no Centro de Convenções AM Malls nos dois dias de evento, e puderam conhecer um pouco do que é produzido nas regiões periféricas do estado. E em dezembro, a pujança dos empreendedores sociais sergipanos será apresentada para todo o país durante a Expo Favela Brasil, que será realizada na Expo Norte, em São Paulo.
Sergipe estará representado por dez empreendedores, sendo quatro startups. Estarão em São Paulo: VIZY (startup), Bills (Startup), Fúria do Sertão (Startup), Vinícola Possamai, Casa do Dendê, Mari Maker, Sailor Art, O Pior (grafiteiro), ASD (startup), e a Rede de Mulheres Solidárias. Eles foram escolhidos por curadores da CUFA Brasil, por membros da Escola de Negócios da CUFA, e por gestores locais com notório saber em empreendedorismo.
“Por conhecer grande parte desses empreendedores, sabíamos que seria um processo de escolha difícil, por isso a CUFA Sergipe decidiu não participar da seleção, deixamos essa tarefa para a nacional”, explicou Verônica Paiva, presidente da CUFA Sergipe. E por conhecer o potencial dos empreendedores que estiveram na Expo Favela, após a divulgação dos 10 selecionados para o evento nacional, a entidade local decidiu convidar o coletivo Sou Correria, de Nossa Senhora do Socorro, para ir a São Paulo.
O convite se deu, dentre outros motivos, pela representatividade que o coletivo possui e, de acordo com Verônica Paiva, representatividade é um dos pilares da CUFA. “Sergipe é tão potente, e se houvesse mais vagas certamente mais empreendedores seriam contemplados. Decidimos convidar o Sou Correria justamente porque o Brasil precisa saber a potencialidade que temos aqui, porque os meninos precisam selar o território paulista com a arte que fazem, e que é fantástica”, comentou a presidente da Central em Sergipe.
Ela fez questão de ressaltar que além de ter excelentes grafiteiros, o Sou Correria é periférico, vem de áreas favelísticas de Nossa Senhora do Socorro, e batalha com ética e dignidade por um espaço. Para a presidente da CUFA Sergipe, a primeira edição da Expo Favela no estado pode ser resumida em algumas palavras: resiliência, oportunidade, geração de renda e oportunidade, para um mercado que precisa ser aberto para todos. “E se ele não for, a CUFA Sergipe vai escancara-lo para que esses empreendedores possam fazer parte dele!”, garantiu Verônica Paiva.
Emoção à flor da pele
E quem não escondeu a felicidade por fazer parte de todo esse processo de reconhecimento do trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo de sete anos foi a maquiadora Mari Ferreira, 25 anos, residente e atuante no bairro Siqueira Campos, zona Oeste da capital sergipana. Muito emocionada, ela agradeceu a oportunidade de mostrar o que realiza, e que tem como foco promover bem-estar e elevação da autoestima da mulher negra, através da maquiagem.
“Não esperava estar entre os 10 selecionados, agradeço a Deus e a minha família por viver esse momento. Esta foi a primeira vez que estive em uma feira e amei fazer parte da Expo Favela, um evento acolhedor, onde me senti extremamente abraçada, que me deu inúmeras oportunidades, onde conheci diversas pessoas e que certamente agregarão na minha carreira profissional”, declarou Mari Ferreira.
O jovem Pedro Vinicius, de 20 anos de idade, não escondeu a alegria pelo grupo dele estar entre os empreendedores que representarão Sergipe em São Paulo. Ele é um dos integrantes da Bils, startup que desenvolveu uma tecnologia para o agronegócio, e funciona como um sistema completo (de hardware e software) que acelera os estudos, aumenta a produção e fornece relatórios precisos sobre o negócio.
“Nosso produto é capaz de controlar a irrigação, a temperatura, a umidade e as luzes artificiais para plantas, com o objetivo de fazer com que cresçam mais em curto espaço de tempo. O desenvolvimento de um alface, por exemplo, pode cair de trinta para quinze dias, porém, com folhas maiores e mais vistosas”, explicou.
Os próximos passos
Com a finalização da Expo Favela Innovation Sergipe, os trabalhos da CUFA em dar voz e oportunidades para as comunidades periféricas de Sergipe ganham um novo capítulo, uma vez que mais pessoas passaram a saber que favela não é lugar de carência, somente, mas de muita potência.
“A nossa luta é diária e não tem uma só bandeira de defesa. É importante que as pessoas saibam que a CUFA não existe para que os territórios de favela durem para sempre. Existimos para fazer com que o poder público e a sociedade olhem para esses locais e enxerguem toda a potência que está lá, que só precisam de um holofote positivo para que as coisas comecem a melhorar”, disse a presidente da entidade.
Ela ainda ressaltou que a luta da CUFA é por dignidade, por igualdade de condições e oportunidades para todos independente de raça, cor, religião, e outros aspectos socioeconômicos e culturais. “Quando tivermos um país que nos forneça tudo isso, teremos cumprido o nosso papel. Até lá, continuamos na luta”, finaliza Verônica Paiva.
Com informações da Ascom Expo Favela Sergipe
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