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Categoria realizou mais um café da manhã (Fotos: Portal Infonet) |
Os empregados da Embrapa Tabuleiros Costeiros de Sergipe realizaram na manhã desta terça-feira, 28, um café da manhã com jornalistas. O objetivo foi anunciar o início da greve por tempo indeterminado em virtude da falta de negociações para o Acordo Coletivo 2011/2012. A categoria paralisou atividades por três dias semana passada visando pressionar a diretoria da empresa e o Governo Federal. Sem avanços nas reivindicações, os trabalhadores decidiram pela greve a partir desta terça.
O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf/SE), Francisco Elias Ribeiro a diretoria da Embrapa [com sede na capital federal] está mantendo postura de intransigência em não querer negociar, nem buscar o apoio do Governo Federal para a solução do conflito.
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Francisco Elias: "A empresa radicalizou" |
“A Embrapa radicalizou de lá e nós radicalizamos de cá. Estamos cruzando os braços hoje (28) por tempo indeterminado no país inteiro, já que semana passada paramos por três dias, tentando forçar a empresa à sentar à mesa de negociações, mas ela continua intransigente e a gente decidiu pela greve para tentar negociar nosso acordo. Das 37 seções da Embrapa no país, 26 realizaram assembléias nesta segunda-feira, 27 e 23 foram favoráveis à greve. Nesta terça, acontecem assembléias em mais 11 seções da Embrapa, devendo aumentar o número de unidades com as atividades paradas”, destaca Francisco Elias Ribeiro.
Pauta
O sindicalista ressaltou que entre as principais reivindicações dos empregados da Embrapa Tabuleiro Costeiros, estão melhores condições de trabalho nos campos experimentais, já que muitos trabalhadores estão se aposentando. “Estamos lutando ainda por isonomia de benefícios, pois 25% do quadro recebe benefícios diferenciados, ou seja, não contam com licença prêmio e com anuênio. Queremos renegociar o PCE (Plano de Carreira da Embrapa), que foi feito sem a participação dos trabalhadores e que precisam ser corrigidos alguns viés”, enfatiza Francisco Elias.
Ele disse também que os trabalhadores da Embrapa reivindicam a reformulação da tabela salarial. “A empresa de forma arbitrária mudou duas tabelas, promoção e progressão por competência, que antes era de 3.35% e hoje baixou, iniciando com 3% e vai decaindo até o final da tabela, ficando em 1%. Isso vai prejudicar os trabalhadores mais antigos e que mais contribuíram para o engrandecimento da empresa.
Acordo Coletivo
O presidente do Sinpaf/SE lembrou a existência de uma pauta contendo 95 cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho. “Muita coisa precisa ser negociada no Acordo Coletivo. Estamos buscando reajuste salarial com ganho real, ou seja, de 10, 51% e a empresa está oferecendo apenas 6.51% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), quando a gente sabe que a inflação foi maior, havendo reajuste nos combustíveis, alimentos, aluguéis”, diz.
“A arrecadação bateu recorde no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período de 2010 e o Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário apresentou crescimento de 7% no mesmo período, comprovando que as contas públicas estão bem. Os serviços e tecnologias gerados pelos trabalhadores da pesquisa e desenvolvimento também vivem um bom momento, portanto, tudo é favorável para a concessão das reivindicações”, acredita Francisco Elias.
Por Aldaci de Souza
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