Emprego de asfalto na praça da Bandeira gera reclamações

A colocação de asfalto na praça da Bandeira está gerando reclamações por parte da população sergipana. No local, espaços com pedras portuguesas e com outros tipos de materiais começaram a ser cobertos. O Portal Infonet foi até o local para ouvir os trabalhadores e transeuntes.

A agente de limpeza Adriana Patrícia, que trabalha na praça há muito tempo, estranhou a colocação do asfalto. Ela acredita que o espaço deveria manter a tradição e continuar com a cobertura padrão. “Para falar a verdade, não gostei da mudança. Até para varrer é péssimo. Ficou feio e não tem nada a ver. Asfalto é para ser colocado na rua”, opina.

A dona de casa Andreia Batista acredita que o melhor seria colocar um material mais resistente e bonito. Ela solicita que a praça seja reformada e comenta que as pedras portuguesas são mais bonitas. “Colocar asfalto aqui é ruim porque também abre buracos”, complementa.

A opinião do agente administrativo Jackson Henrique é que, se houvesse manutenção constante, a praça não estaria cheia de buracos e não seria necessária a colocação do asfalto. “Isso não existe. Para a praça seria melhor colocar um piso compacto. Deixaram destruir tudo para depois fazer a reforma”, alega.

Já o vendedor de sorvetes Antônio Cesário aprovou a ideia. Para ele o asfalto vai solucionar o problema dos buracos existentes na praça. “Para mim está bom, até porque, quando têm as pedras, elas quebram e o piso fica ruim”, rebate.

Prefeitura

Em matéria publicada no site da prefeitura, através da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) diz que a reforma das calçadas da Praça da Bandeira levará melhorias para a população.

A matéria produzida pela assessoria de comunicação esclarece que foi seguida, um planejamento cuidadoso foi traçado visando um resultado satisfatório. De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura, Luiz Durval Tavares, há pontos importantes nesta mudança. "Nesta praça, nós temos uma área de pedra portuguesa extremamente deteriorada que teve uma execução ruim na época em que foi feita e está se soltando em quase toda sua extensão", explica o secretário.

Há ainda a ideia de associação entre as pedras comumente vistas em muitas calçadas da cidade com a pedra portuguesa original. O secretário esclarece que, por não serem pedras portuguesas legítimas, não há uma superfície uniforme, em parte por terem sido aplicadas de forma equivocada. O efeito disso é o já mencionado desprendimento das pedras e a conseqüente falta de segurança dos transeuntes. Outro problema encontrado é a falta de profissionais capacitados para a realização de reparos.

Por Monique Garcez