Empresas e profissionais de TI discutem temas relacionados ao setor

A recessão no setor de software, a regulamentação das funções na área de Tecnologia da Informação, a política governamental para o desenvolvimento de empresas que criam programas para computadores no Brasil, são alguns dos assuntos que estão sendo discutidos em dois importantes eventos em Aracaju: o XIX Encontro Nacional das Empresas de Software e Serviço de Informática – Enesi – e o Congresso Nordeste de Tecnologia da Informação – Coneti. Ambos estão sendo realizados, desde ontem, no Hotel Parque dos Coqueiros, e conseguiu reunir no Estado um número considerável de profissionais e empresas que lidam com o setor. Segundo os organizadores, o Enesi tem como objetivo reunir os empresários, especialmente os dirigentes da Associação das Empresas Brasileiras de Software e Serviços e Serviços de Informática – Assespro – de todo o país, para discutir os temas mais atuais relacionados com a área. “O Enesi é um encontro anual das empresas que tem como meta discutir temas polêmicos, que interessam a uma política nacional de software e também às empresas. Então, assuntos como a regulamentação da atividade, a tributação, a terceirização dos serviços, a exportação, os financiamentos que o governo concede, a questão da qualidade são todos discutidos aqui. Reunimos opiniões do Governo, da iniciativa privada, às vezes da Academia, tudo em amplo debate. Todos os anos, tentamos conseguir que o empresário que participa do Enesi saia com uma forte idéia da tendência e das ações que ele pode tomar na sua empresa”, explica o presidente nacional da Assespro, Ernesto Haberkorn. Já o Coneti, explicam os organizadores, é um congresso de caráter técnico, que tem como objetivo de atualizar e reciclar a comunidade de informática da região Nordeste. “A agenda deste congresso é de caráter bem mais técnico. E, nesta primeira edição, nós resolvemos eleger dois temas predominantes para esse congresso: a plataforma Java, que é um ambiente de desenvolvimento de sistemas bem atual, e também o processo de desenvolvimento de software. Desenvolver software é uma atividade complexa, de modo que nós estamos trazendo tutorial, workshop, palestras, focadas na questão do processo produtivo de softwares”, explica Jorge Santana, presidente da regional da Assespro em Sergipe. OPORTUNIDADE DE RECICLAGEM – Para Santana, a importância de Sergipe sediar os dois eventos é enorme. “O profissional sergipano, através desses congressos, tem a oportunidade de estar em contato e participar de debates de temas atuais, se atualizando e reciclando. Por outro lado, os empresários têm a oportunidade, também, de debater com seus pares os problemas que são comuns, em busca de soluções a serem encaminhadas. Existe por trás de tudo isso também, uma oportunidade, um momento muito propício, onde nós estamos discutindo com o Governo do Estado, Prefeitura de Aracaju e o próprio setor privado, através de lideranças empresariais, a implantação de um pólo de software em Aracaju”, informa. Segundo o presidente da Assespro de Sergipe, a criação do pólo deve mudar a face da economia de Sergipe. “Já foram dados vários passos nesses sentido, inclusive um dos componentes para a implantação de um pólo são os centro incubadores e nós já temos dois. Na verdade este já é um projeto começa a tomar corpo e esperamos colher os frutos brevemente”, torce Santana. Outro intuito dos empresários e participantes do evento é formar parcerias e criar contato com as novidades no setor. “As empresas profissionais de Sergipe precisam de um processo intensivo de reciclagem em algumas áreas de conhecimento relacionadas com TI. Então, nós saímos desses eventos com uma agenda muito clara relacionada com qualificação de empresas e profissionais de Sergipe. E vamos por em prática. Por exemplo, nós temos um convidado aqui de Recife, uma empresa de consultoria, e já estamos aproveitando o evento para encaminhar as primeiras negociações para contratar estes consultores em nossas empresas, como conseqüência desses dois dias de trabalho em Aracaju”, diz Santana. Para Ernesto Haberkorn, o quadro existente no setor de TI no país é delicado. “O Brasil vem passando, há alguns anos, por um período de recessão. O setor de software não poderia de deixar de acompanhar esta tendência. Na década de 90 nós tínhamos um crescimento médio de 30% ao ano. Nesses anos 2000, o crescimento tem sido menor, mas não é negativo. Também temos o problema da perda das empresas brasileiras no mercado – quer dizer, as empresas estrangeiras estão ganhando uma parcela maior do mercado brasileiro. Por conta disso, o objetivo maior da Assespro é reverter essa tendência. As empresas, por outro lado, estão começando a exportar, começando a se certificar, estão começando a ter produtos realmente estratégicos e de boa qualidade e acreditamos que, nos próximos anos, o Brasil que tem toda a possibilidade e perfil para se tornar um grande desenvolvedor de softwares”, planeja.

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