Emsurb começa limpeza do Parque Tramanday

Limpeza começou nesta sexta-feira, 12, após relatório da Semarh (Fotos: Arthur Soares/Semarh)
Após relatório da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) sobre a situação crítica da área de preservação ambiental “Parque Municipal Ecológico do Tramanday”, no Bairro Jardins, a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) iniciou na manhã de hoje, 12, a limpeza do parque. O secretário do Meio Ambiente e presidente da Adema, Genival Nunes, e a presidente da Emsurb, Lucimara Passos, acompanharam o início da operação.

Também estavam presentes técnicos da Adema e da Emsurb, oportunidade em que engenheiros e biólogos da Adema mostraram aos engenheiros da Emsurb como deviam proceder na limpeza da área de preservação. Foi orientado, conforme consta no relatório, que a limpeza tinha que ser manual e que havia a necessidade de desobstruir o canal para que a água de maré possa adentrar no mangue, que está sendo afetado pelo assoreamento e, consequentemente, a falta de oxigênio no ecossistema urbano.  

Genival Nunes, população deve incorporar manguezal
De acordo com a presidente da Emsurb, Lucimara Passos, as ações a serem feitas para limpeza e reflorestamento do Tramanday serão de acordo com o relatório da  Adema sobre a situação da área e as medidas a serem adotadas. “Isso representa uma união de esforços para  melhor gestão da cidade e qualidade de vida da população”.

“Não dá pra ver a Adema como sendo apenas um órgão fiscalizador. A presidência de lá e o seu corpo técnico, juntos conosco, representa mesmo o interesse de se estreitar às gestões que atendem um só objetivo”, declarou Lucimara.

Para o secretário Genival Nunes, enquanto a população não incorporar o manguezal como uma paisagem urbana, composta pela fauna e flora, ele não sobreviverá. “A Emsurb relata que faz a limpeza periodicamente e logo acontece o aparecimento de lixo nas bordas do mangue. É necessário que a população se sensibilize e abrace o Tramanday como área de preservação ambiental urbana que é e não lance dejetos ou o que quer que seja no canal. Caso contrário, o mangue irá sofrer por falta do aporte das marés”, alertou.

Área de reserva ecológica está comprometida
O Relatório

Em vistoria realizada no último dia 5 deste mês, coordenada pela diretora técnica da Adema, Marly Menezes, foi constatado que o Parque Municipal Ecológico Tramanday apresenta-se com a sua estrutura comprometida em detrimento de várias ações. Além do assoreamento dos canais secundários, provocado por exemplares de vegetais mortos em função da ausência de aporte das marés, existe a interferência da má ação do homem. Nos canais foram encontrados pneus, vasos sanitários, resto de material de construção, sacos plásticos, resto de móveis domésticos, entre outros “lixos” jogados pela população.

Para a melhor preservação e proteção do Tramanday e saída do seu estado de degradação atual, o relatório da Adema recomendou que além da desobstrução manual dos canais para favorecer o fluxo das marés e do desassoreamento dos canais (naturais e secundários), seja feito o replantio de espécies de plantas nativas nas áreas mais afetadas do parque; recuperação da cerca protetora nos pontos de estrangulamento e ainda a recuperação das placas de sinalização da reserva que se encontram danificadas.

Ecossistema

O Parque Ecológico Tramanday tem uma área de 3,6 hectares (36 mil m²). Segundo a bióloga e diretora técnica da Adema, Marly Menezes, que tem experiência há mais de 30 anos em áreas de manguezais e carcinicultura, o parque é um testemunho cultural no município de Aracaju. “A cidade nasceu sobre a planície costeira, de mangues e restinga”, enfatiza.

Segundo ela, o Tramanday é dotado de três tipos de vegetação: Avicenia, Risofhora e Laguncularia. Dos crustáceos é possível encontrar siri, aratu, “chama-maré e caranguejo em fase inicial. Das aves que habitam no Tramanday é notório as presenças de galinha d”água, garças, rolinhas, entre outras espécies.

Conforme histórico de vida do Tramanday, a Unidade de Conservação nasceu como forma de compensar os danos ambientais causados nas áreas de preservação permanente na área dos Jardins quando da construção das avenidas Pedro Valadares e Silvio Teixeira, no ano de 1996.

Fonte: Semarh

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