Enfermeiros não decidem se entram em greve

Em assembléia realizada na manhã de ontem, os enfermeiros decidiram que irão propor uma pauta de reivindicações, que será entregue nesta segunda-feira à administração do Hospital Governador João Alves Filho (HGJAF). Ao meio-dia, uma assembléia da categoria decide se os profissionais da área entram ou não em greve.

 

O fato curioso é que os enfermeiros estão solicitando praticamente os mesmos direitos que os médicos, conforme explicou Augusto Couto, diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa). Entre estes direitos, a resolução da superlotação e a incorporação da gratificação ao contra-cheque.

 

Uma greve se faz com a união de várias categorias. Mas não é bem isso o que vem acontecendo no HGJAF. De acordo com Augusto, médicos e enfermeiros estão lutando separadamente, pasmem, pelos mesmos direitos.

 

Segundo Augusto Couto, o problema da superlotação é o que não há triagem de pacientes. E de quem seria essa responsabilidade? “Depende da Direção. A Direção que tem que cobrar dos médicos que se faça a triagem de pacientes”. Esbarra-se, então, no seguinte: os médicos cobram da Direção algo que é responsabilidade deles. Segundo Couto, sim, mas a situação é mais complicada do que parece.

 

Para o diretor, o que tem-se que fazer, neste momento, é que a decisão de triagem parta da própria Direção do hospital, já que a superlotação e o descumprimento dessa determinação prejudica todo o corpo funcional do Hospital, composto em sua maioria por técnicos e enfermeiros.

 

Além disso, outra preocupação do Sintasa é com os profissionais que são mal remunerados para exercerem suas atividades. O diretor cita o caso de enfermeiros que ganham R$200,00 por mês.

 

O principal problema, pelo menos neste momento, de acordo com Couto, é fazer com que as duas classes se reúnam para lutar por seus direitos. Augusto lembra ainda que o sindicato é de todos os profissionais de Saúde, não apenas de uma categoria específica. “Os médicos andam separados das outras classes quando deveriam estar em conjunto. Seria ótimo se reivindicássemos uma coisa só, juntos. Hoje (ontem, dia 23) houve uma assembléia entre os servidores: vieram enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares, mas não apareceu um médico”, lamentou o diretor.

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