Engenharia dos Golpes: veja como não cair no golpe do falso motoboy

Golpe começa com uma ligação informando sobre algum problema em uma transação feita pela vítima (Foto: Pixabay)

Uma ligação que parece ser cordialidade de uma instituição financeira para informar que há problemas com um cartão de crédito ou de débito do cliente. Essa é a estratégia utilizada pelos golpistas do ambiente digital para captar a atenção da vítima e convencê-la de que é um telefonema autêntico do banco. Mas esse chamado é mais um golpe. Por isso, o Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) traz orientações sobre como funciona o golpe do falso motoboy.

Segundo a diretora do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), Viviane Pessoa, o golpe de fato começa com a ligação para a vítima. “Eles entram em contato com a vítima e informam que há um problema com o cartão ou com alguma transação feita em nome da vítima. Então eles detalham a história falsa buscando ganhar a confiança da vítima de que está falando realmente com o banco”, detalhou.

Nesse momento, conforme Viviane Pessoa, eles podem, inclusive, orientar que a vítima desligue o telefone e entre em contato com o número que está presente no verso do cartão. “Mas eles não desligam a chamada e permanecem na linha. Então a vítima acredita que está falando com o banco, mas na verdade continua em contato com os estelionatários, em uma espécie de central telefônica, mas que faz parte do golpe”, acrescentou.

Na chamada, os golpistas então orientam que a vítima recorte o cartão e entregue a um motoboy que supostamente seria enviado pelo banco. “Mas na verdade o motoboy faz parte do grupo criminoso e faz a entrega do cartão justamente aos estelionatários. Como o chip permanece intacto nesse corte, eles conseguem fazer um cartão falso, mas com os mesmos dados do cartão verdadeiro, e isso inclui o chip do cartão”, alertou.

Por isso, Viviane Pessoa orienta que nunca sejam fornecidas senhas a qualquer outra pessoa e que o cartão de crédito ou de débito, quando for ser descartado, precisa ser totalmente inutilizado. “Ao descartar um cartão, corte o chip para fazer a inutilização. Apenas dessa forma há a certeza de que aquele cartão não cairá nas mãos dos estelionatários que o usam para sacar dinheiro e fazer compras, por exemplo”, reiterou.

A Polícia Civil também orienta que seja feita a comunicação formal de situações que se assemelham a essa prática de estelionato. Por meio do boletim de ocorrência, o Depatri faz o mapeamento dos casos similares e chega à identificação dos estelionatários. As informações de situações que se assemelham a uma tentativa de golpe também podem ser repassadas por meio do Disque-Denúncia (181).

Fonte: SSP/SE

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