Operação Engodo: licitações manipuladas chegam a R$ 2 milhões

Os promotores de justiça que integram o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Sergipe e Alagoas concluíram as ações para cumprimento de mandados judiciais expedidos pela 17ª Vara Criminal de Alagoas, que culminaram com a apreensão de documentos e equipamentos na sede de empresa privada em Porto da Folha e nas residências dos proprietários, em Aracaju.

A operação foi desencadeada simultaneamente nas cidades de Porto da Folha e Aracaju, em Sergipe, e também em Maceió, Satuba e Jacaré dos Homens, no Estado de Alagoas. De acordo com o Ministério Público de Alagoas, os prejuízos chegam a R$ 2 milhões em consequência de licitações supostamente manipuladas, que teriam sido realizadas no ano de 2016 no município de Pão de Açúcar, em Alagoas, para locação de veículos de pequeno, médio e de grande porte.

No total, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão. Não há relatos de prisão. Em Sergipe, os mandados judiciais foram cumpridos na sede da empresa investigada em Porto da Folha e nas residências dos proprietários em Aracaju. Os documentos e equipamentos apreendidos serão analisados pela equipe do Gaeco em Alagoas, que comanda a operação.

As investigações, conforme o Ministério Público de Alagoas, foram iniciadas no ano passado naquele Estado, a partir de denúncia anônima. Na época, houve apreensão de documentos, que foram importantes para os desdobramentos da investigação que culminou com a Operação Engodo.

Conforme o Ministério Público de Alagoas, as empresas que venceram as licitações em Pão de Açúcar não possuem capacidade técnico operacional nem estrutura organizacional mínima para cumprir os contratos. As investigações prosseguem no Estado de Alagoas.

O Portal Infonet tentou contato com a empresa PortoServ, que tem sede em Porto da Folha e foi alvo dos mandados judiciais, mas não obteve êxito. Os telefones disponíveis [fixos e móveis] não funcionaram. O fixo chamou e ninguém atendeu e o celular estava fora de área de cobertura.

Por Cassia Santana