Enterrado vivo: homens vão a júri pela morte de Crizzan

Romário: família insegura (Foto: Portal Infonet)

Começou na manhã desta quinta-feira, 5, o julgamento dos três réus acusados pelo assassinato do ajudante de pedreiro Crizzan Cruz Santos, 21, enterrado vivo em um canteiro de obras de um posto de saúde no bairro Suíssa, em Aracaju. O corpo de Crizzan Cruz foi encontrado no dia 12 de março de 2015 e os acusados, que à época eram colegas de trabalho da vítima, foram presos. Mas um deles foi colocado em liberdade dias depois de detido, amparado pelo benefício de habeas corpus.

Sentam no banco dos réus os acusados Nailton Vitório Santos [pedreiro da obra], Carlos Ruan Andrade Vieira [vigia] e Edinaldo Andrade, o encarregado da obra que está respondendo o processo em liberdade. O julgamento começou às 8h e não há previsão para encerramento.

Os familiares estão no Fórum Gumersindo Bessa acompanhando a sessão do júri e clamam por justiça. “Já se passaram dois anos e o principal acusado está solto”, comenta o vigilante Romário Evangelista, 38, tio da vítima. Ele teme reações dos acusados. “A gente se sente inseguro, sabe lá o que ele, solto, pode fazer”, reage. De acordo com o tio da vítima, um dos acusados chegou que intimidar familiares e exigiu que uma das tias da vítima fosse ao canteiro de obras sozinha para que ele pudesse revelar algo sobre o desaparecimento de Crizzan.

Momento da escavação do local onde corpo foi encontrado (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Familiares na porta do Gumercindo

Início do Juri Popular

Na época, segundo Romário, o corpo da vítima ainda não tinha sido encontrado. “Ele exigiu que ela fosse sozinha. Ela foi, mas foi com um motoboy e ele ficou bravo”, conta.

O caso

O crime foi desvendado pela delegada Juliana Alcoforado, a partir de um acidente de trânsito envolvendo o pedreiro Nailton Vitório, que usava a bicicleta da vítima. Nas escavações, o corpo de Crizzan foi descoberto e o Instituto Médico Legal (IML) divulgou à época as possíveis causas da morte, que estariam relacionadas com insuficiência respiratória e asfixia mecânica por soterramento, indicando que Crizzan teria sido enterrado com vida.

Por Cássia Santana

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