Enterrado vivo: juiz ouvirá engenheiro do posto de saúde

Momento das escavações do local onde Crizzan foi enterrado (Fotos: Arquivo Portal Infonet)

O juiz Aldo Ribeiro, da 8ª Vara Criminal, atendeu pedido do Ministério Público Estadual para ouvir o engenheiro Ubiratan Barreto, responsável pela obra do posto de saúde Amélia Leite, no bairro Suissa, onde o técnico de iluminação Crizzan Cruz Santos, 21, foi enterrado vivo depois de sofrer agressões físicas. Na ótica da promotora de justiça Cláudia Danela Franco, o depoimento do engenheiro poderá esclarecer “pontos cruciais do processo”.

Crizzan, que também exercia atividade profissional como auxiliar de pedreiro, estava trabalhando naquela obra e desapareceu no final do mês de fevereiro. O corpo dele só foi encontrado no dia 12 de março deste ano, enterrado em uma parte do terreno onde o posto de saúde está sendo construído.

A decisão pela oitiva do engenheiro da obra foi tomada durante audiência de instrução e julgamento ocorrida na terça-feira, 24, no Fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju. Na audiência, o juiz ouviu duas testemunhas, consideradas relevantes para o processo: um ex-funcionário da construtora e a delegada Juliano Alcoforado, responsáveis pela investigação.

Polícia civil desarticulou crime depois de acidente com bicicleta da vítima

Neste processo, três operários que trabalhavam na obra à época foram denunciados pelo Ministério Público Estadual como autores do assassinato: o pedreiro Nailton Vitório Santos, que atuou na empresa antes do crime, que se envolveu em um acidente de trânsito guiando a bicicleta da vítima, Carlos Juan Andrade Vieira [que estão presos], que atuava como vigilente terceirizado, e Edinaldo Andrade [o único funcionário da empresa contratada para execução da obra], que responde às acusações em liberdade.

Na audiência de terça-feira, o advogado Vagnerrogeris Lima solicitou o relaxamento da prisão do cliente, Carlos Ruan, ou substituição por outras medidas cautelares, alegando que o acusado não responde a nenhuma outra ação penal, “sendo este processo um fato isolado em sua vida”. O advogado também solicitou encaminhamento de depoimentos de duas testemunhas para a Corregedoria Geral de Polícia Civil e também à Curadoria de Controle Externo da Atividade Polícia do Ministério Público Estadual, pedindo apuração de “supostas práticas de crime de falso testemunho ou de abuso de autoridade”, que teriam sido cometidas pela delegada Juliana Alcoforado, durante as investigações. Os pedidos do advogado serão analisados pelo Ministério Público Estadual e, após manifestação desta instituição, os autos serão encaminhados para o juiz decidir.

O Portal Infonet tentou ouvir a delegada Juliano Alcoforado, mas não obteve êxito. O Portal permanece à disposição. Informações devem ser enviadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 – 8000.

*A matéria foi alterada às 11h26 para acréscimo de informações

Por Cássia Santana

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