Entrevista Cristovam Buarque

O ministro da Educação, Cristovam Buarque, participou da abertura da 55ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC -, na Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, que aconteceu de 13 a 18 de julho deste ano, considerado um dos maiores eventos científicos do hemisfério sul. Após a conferência dele, o ministro concedeu entrevista coletiva à imprensa de Pernambuco e de parte do país presente no campus universitário. Como o único jornalista de Sergipe que participou da coletiva, perguntei ao ministro alguns pontos críticos que acontecem em nosso Estado. Confira parte da entrevista realizada pelo jornalista Fábio Figueirôa, no Centro de Convenções da UFPE. FÁBIO FIGUEIRÔA – Ministro, em Aracaju, existem IES que oferecem cursos de graduação e de pós-graduação sem autorização do MEC. Há alguma política do governo para acabar com isso? CRISTOVAM BUARQUE – O aluno deve tomar muito cuidado na hora de escolher o curso superior ou de pós-graduação em nível de mestrado e doutorado. Não dá para o aluno comprar gato por lebre. O aluno precisa saber se a instituição está oferecendo um curso reconhecido ou não. No site do MEC, existe uma lista dos cursos de graduação e de pós-graduação autorizados e reconhecidos. O aluno tem acesso facilmente a esses dados e a nossa política é sempre divulgar essas informações à população. FF – O Sr. falou na conferência que os cursos de graduação e de pós-graduação precisam diminuir ou aumentar o tempo de duração. Isso não vai vulgarizar o ensino superior? CB – Claro que não vai vulgarizar os cursos. O que acontece é que quando eu fazia engenharia, os cálculos feitos à mão demoravam muito. Hoje com as máquinas de calcular e computadores, esses cálculos já saem prontos, facilitando as respostas. Temos que pensar em diminuir os cursos de pós-graduação em nível de doutorado. Eles não precisam demorar tanto. fabiofigueiroa@infonet.com.br