Esgoto doméstico é o causador da morte de peixes

A mortandade de peixes ocorreu m março de 2013 (Foto: Janaina Santos)

O lançamento de esgoto foi o principal causador da mortandade de peixes ocorrida dia 2 de março no lago do Parque da Sementeira, na capital sergipana. No resultado do laudo técnico, ficou constatada a morte por asfixia em função de redução na concentração de oxigênio na água em decorrência da poluição por efluentes domésticos (águas residuais) despejados no lago.

A retirada inadequada de plantas macrofitas utilizadas para recuperar áreas de corpos de água degradados e poluídos, queda do volume de água, alta temperatura e a super população de peixes também foram fatores que contribuíram para a mortandade.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente do Município (Sema), Eduardo Matos, o próximo passo será identificar de onde vem o lançamento de dejetos jogados no lago. “Se tivesse sendo lançada ali uma água limpa, ela estaria contribuindo para a melhoria daquela água parada, mas o afluente lançado ali foi carga de poluição. Tanto que os exames comprovam isso, esse alto teor de nitrogênio amoniacal. Por isso, é fundamental descobrir de onde vem esse lançamento de esgoto na lagoa”, afirma.

Participaram da reunião o secretário da Sema, Eduardo Matos, o vice- César Gama e o engenheiro Júlio Flores

Para que esse episódio não se repita e para manter o equilíbrio do meio está proibida a pesca e distribuição de peixes no lago da Sementeira, bem como será realizada exames periódicos, a recuperação de uma flora característica que reduz níveis altos de fósforos e nitrogênio evitando assim um meio propício a mortandade.

Uma probabilidade levantada pelo biólogo e secretário – adjunto da Sema, César Gama é de que o lançamento pode ser proveniente de bares situados próximos do parque.  “Isso pode ser água residuária de rede de cozinha por conta do fato da grande quantidade de elemento fósforo que o nitrogênio e amoníaco que normalmente tem nos detergentes. Então 75% dessa carga é de detergentes, mesmo que não seja de dejetos humanos ela pode ser água decorrente de sistemas de bares e restaurantes aqui ao lado do parque e isso é o que vai ser determinado pelas investigações que vamos realizar para diferenciar o tipo de água residuais que estava sendo colocada ali”, acredita.

Providências

Uma equipe da Emurb fará uma pesquisa local para identificar de onde vem o despejo na rede de drenagem. Também foram recomendados exames periódicos na água e a recuperação de uma flora característica que reduz níveis altos de fósforos e nitrogênio no intuito de evitar um ambiente propício que desencadei nova mortandade.

Penalidades

Caso se constate de onde está sendo realizado o despejo, a Secretaria poderá abrir um processo administrativo, podendo ser aplicado uma penalidade em consonância a legislação ambiental e urbanística.

Por Aisla Vasconcelos

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