Estado é sócio do inacabado Hotel Brisa Mar
O início das obras se deu em 1986 e foi paralisado pouco tempo depois porque o Governo do Estado não honrou o contrato que assumiu para a construção do hotel. O Estado, através a Emsetur, era sócio do empreendimento, com um investimento de 20% do valor total, assim como a Sudene. Esta tinha uma participação de 60% do valor total, mas o seu investimento era condicionado ao investimento do Estado. Como este não investiu um só tostão, a Sudene também não botou um centavo na obra. A obra foi iniciada no primeiro governo do dr. João Alves Filho. Em 1993, o dr. Viana de Assis deu entrada na Justiça contra o Estado. A obra foi paralisada quando ele já tinha investido R$ 4 milhões, de um total de R$ 11 milhões. O governo do dr. Albano Franco preferiu passar ao largo do empreendimento e no seu terceiro mandato, o dr. João Alves Filho nem tomou conhecimento da obra. Banese executou o financiamento O Hotel Brisa Mar virou uma dor de cabeça para o dr. Viana de Assis, até porque o Banco do Estado de Sergipe (Banese) resolveu executar o financiamento que já fora feito. De lá até agora não havia um acordo – mas este já fora conversado e uma solução já estava a vista. A invasão pelos sem-teto certamente atrapalhou tudo. A obra foi contratada à Construtora Carvalho que executou todo o trabalho de infra-estrutura. O dr. Viana de Assis elogia o trabalho do engenheiro Carlos Carvalho e lastima que o hotel não tenha sido concluído. A invasão passa a ser uma nova dor de cabeça. “Ouvi a entrevista de uma senhora que está entre os invasores dizendo que a obra serviria para lavagem de dinheiro. Como lavagem, se o Estado, nem a Sudene entregaram um centavo para a obra?”. Ex-deputado estadual e ex-prefeito de Aracaju o dr. Viana de Assis já foi dono do Hotel Beira-Mar, que fica vizinho a construção do Brisa Mar.
Advogado dos mais conhecidos nos meios jurídicos do Estado, o dr. Viana de Assis é o proprietário das obras de construção do Hotel Brisa Mar, na praia de Atalaia, invadido recentemente por sem-tetos – em torno de 180 famílias. 
Obra inacabada
Por Ivan Valença
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