“Eu era um menino que tentava mudar o mundo”

Um sonho engavetado há 10 anos. Essa é a história – assim como de muitos poetas brasileiros – do livro on-line “Frenesi”, de Anderson Sant’Anna. Mas, como dizia o professor-poeta Fernando Sá, em entrevista ao InfoNet Notícias na semana passada, “a gaveta é a melhor forma de se saber se a poesia é boa. Se após alguns anos ela sobreviver, pode publicar”. Por Waneska Cipriano INFONET NOTICIAS – Como você começou a escrever poesias? ANDERSON – Foi através do teatro que me inspirei. Fiz parte do grupo Imbuaça durante 1 ano e meio e foi nessa época que comecei a escrever poesias, aos 11 anos de idade. Já escrevi contos também. Minha primeira poesia, “Inspiração”, está publicada no e-book “Frenesi”. INFONET NOTÍCIAS – Por que “Frenesi”? ANDERSON –“Frenesi” é o título de uma poesia química minha que me lançou como poeta no meio. Foi uma tese que defendi, em 1998, no X Ecodeq – Cuiabá, no qual inauguramos novas tendências no ensino da Química. Foi graças a essa tese que surgiu a oportunidade de escrevermos a peça “Quando o Mordomo Não é o Culpado”. Raimundo Venâncio disse que já tinha visto alguns textos meus e que eu tinha o domínio das palavras. INFONET NOTÍCIAS – O e-book traz quantas poesias? Qual o estilo? ANDERSON –São quase 100 poesias. Tem de tudo um pouco: políticas, religiosas, ecológicas, dentre outros temas. Na época em que as escrevi, eu era um menino que tentava mudar o mundo. As poesias foram escritas em 1992, mas continuam atuais. INFONET NOTÍCIAS -Como surgiu a idéia de lançar “Frenesi” na rede mundial de computadores? ANDERSON – Eu enviei o livro para alguns leitores-testes. Faço parte de um grupo on-line de poetas, “Poetas Brasileiros”, no qual fazemos intercâmbio de poesias. Tive também uma experiência interessante nos últimos dois anos, com um colega chamado Adriano, de fazer serenatas em Aracaju, com poesias direcionadas. As novelas on-line na InfoNet também me proporcionaram muita experiência. Foi assim que resolvi lançar o livro on-line – após a aprovação dos leitores-testes e da equipe InfoNet. INFONET NOTÍCIAS – Como surge a inspiração de um poeta? Ou melhor, como você se inspira para escrever contos e poesias? ANDERSON – Aos 9 anos escrevi a “Velha História do Gato” e a professora não acreditou que eu havia escrito aquilo, pois falava de assassinato, morte. Na época, como eu havia acabado de começar a fazer teatro, eu me acha “muita coisa”, uma vaidade típica da juventude, sabe? Um belo dia, olhando as estrelas, lembrei da notícia no Jornal Nacional da morte de uma pessoa famosa da época. Como aquela pessoa estava sendo lembrada? O que diziam dela? Então, fiquei viajando no tempo e imaginando como eu seria lembrado ao morrer? Que poesia seria citada em minha homenagem? Daí surgiu minha primeira poesia, “Inspiração”. Essa poesia fala justamente de como surge a inspiração de um poeta. Sofri muito preconceito, pois na época só meninas podiam escrever poesias. Meu guru, Ronaldo Pacheco – um antigo vereador de Sergipe, que ficou exilado por 10 anos em Cuba, doutor em Filosofia e Ciências Sociais – era quem mais me estimulava naquela época. Ele dizia sempre: “Cuidado! Agora eles estão de olho em você”. INFONET NOTÍCIAS – Quais as perspectivas agora, Anderson? ANDERSON – Lançar a próxima novela on-line, “A Velha História do Gato”, e um livro de contos e crônicas. Confira logo mais, às 20 horas, o livro on-line Frenesi, no canal Sergipe Cultural.

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais