A 1ª Delegacia Metropolitana (1ª DM) indiciou uma ex-miss Sergipe 2007, pelo crime de furto qualificado praticado contra uma médica pediatra do Instituto de Previdência do Estado de Sergipe (Ipes). A investigada levou uma criança para atendimento médico e, em seguida, furtou CRM da médica. Com o documento, foram obtidos empréstimos no nome da vítima, houve a tentativa de locação de carro de luxo e também a compra de um aparelho celular no valor de R$ 4 mil.
Segundo o delegado Everton Santos, a vítima, ao sair do trabalho, não encontrou a carteira contendo o documento. Após o início de cobranças e cancelamento de cartões dela, o registro da ocorrência foi feito e as investigações tiveram início. “A médica ao sair de um plantão à noite, ao chegar em casa percebeu que sua carteira porta cédula tinha sumido. Lá tinha os cartões de crédito, documentos pessoais e o CRM. Ela ficou na dúvida se tinha deixado no consultório ou perdido, mas não imaginava que tinha sido um furto”, citou.
Diante dos prejuízos da vítima, a investigação buscou identificar a autoria do furto e do uso do documento pessoal da médica. “Passamos a investigar, a tentativa de locação e os empréstimos. Solicitamos imagens e conseguimos uma pessoa que já é conhecida nossa que veio praticar esse furto da carteira exatamente quando levou a criança para ser atendida pela médica. O fato aconteceu dia 16 de setembro 2020”, detalhou.
A ocorrência apenas foi registrada em maio deste ano, pois, conforme relatou o delegado, foi o período em que começaram os transtornos para a médica. “Foi o período em que começaram vários problemas para a médica, com empréstimos contraídos em seu nome, pelo menos três. Foi aberta conta bancária virtual e foram contraídos empréstimos por uma segunda pessoa que ela não sabia quem era. O CPF foi negado e ela sofreu com perda de crédito, cancelamento de cartões”, complementou.
Diante do apurado nas investigações, foi solicitada decisão judicial para a continuidade das investigações. “Pedimos a busca e apreensão e localizamos, no apartamento [da ex-miss] o aparelho celular e o CRM. E achamos uma certidão de nascimento de uma criança de aproximadamente sete anos. Solicitamos informações ao IPES e no dia do desaparecimento da carteira foi o dia em que a criança foi atendida pela vítima, estando com o responsável. Isso insere [a ex-miss] na cena do crime, um furto qualificado”, revelou Everton Santos.
O processo foi encaminhado no dia 29 de julho para 4ª Vara Criminal, onde aguarda definição da ação penal. O delegado concluiu orientando que os profissionais observem como guardam seus documentos de identificação para evitar serem vítimas de golpes como esse. “Divulgamos para os profissionais liberais como, advogados, médicos, para que não deixem nada à vista. Pois se os documentos caírem nas mãos erradas, é uma arma nas mãos dos estelionatários”, pontuou.
Fonte: SSP/SE
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