Três dos quatro suspeitos por golpe na internet são ex-presidiários

Objetos apreendidos com o grupo (Fotos: SSP)

Quatro pessoas foram presas pela Polícia Civil, acusadas de praticar golpes relacionados à comercialização de automóveis por um site de vendas. Três são ex-presidiários com envolvimento em uma facção criminosa, homicídios e tráfico. O grupo saia de uma agência bancária no bairro Siqueira Campos quando foi abordado.

A delegada Rosana Freitas, da Delegacia de Defraudações e Crimes Cibernéticos, revelou, na manhã desta quinta-feira, 2, detalhes acerca da operação. Até o momento, três pessoas foram vítimas e os prejuízos ultrapassam R$ 200 mil.

De acordo com a delegada, o crime ocorre porque os criminosos fazem intermediação na compra dos carros, através de anúncios já existentes. “Os infratores se valem de anúncios verdadeiros e quando o comprador entra em contato, faz com que o ele encontre o vendedor e o carro seja exibido. Quando a pessoa vê o veículo, se sente confortável”, explica. Durante a compra, os criminosos orientam as partes a não revelarem que estão intermediando a transação e a vítima acaba depositando os valores nas contas informadas pelos bandidos.

As vítimas, geralmente, são de outros estados. A delegada acredita que há outras vítimas espalhadas pelo país.Estamos recebendo inúmeros casos de pessoas que foram vítimas de golpes relacionados. Semana passada, descobrimos uma vítima na Bahia, que perdeu R$ 51 mil”, informou Rosana Freitas. Com as informações fornecidas por ela, foi possível identificar o titular da conta, realizar diligências e prender os acusados.

Os acusados

Até o momento, quatro foram presos

Foram presos os irmãos José Enrique de Souza Conceição e Ivan de Souza Conceição, além de Maria Antônia Santos de Araújo e Vilmar Florêncio Silva.

O suspeito de liderar o grupo é José Enrique, que passou 11 anos preso na Bahia. Ele é irmão de Ivan. Já Vilmar Florêncio Silva, que usava identidade falsa e se passava por “Paulo Florêncio Silva”. Todos os três são baianos e acusados de integrar uma facção criminosa de alta periculosidade, envolvida na prática de crimes de homicídios, tráfico de drogas, entre outros delitos.

Já a sergipana Maria Antônia não tem antecedentes criminais, mas é acusada de articular o esquema criminoso com as vítimas e emprestar a própria conta bancária para depósito.

Todos os quatro já foram ouvidos, mas apenas a mulher forneceu informações sobre as fraudes. É possível que haja mais criminosos. As investigações continuam.

Alerta

No dia 16 de junho, a Polícia Civil já vinha alertando a população acerca do golpe. “As pessoas interessadas e comercializar pela internet devem ficar atentas a propostas muito atrativas, com preço abaixo do mercado e circunstâncias que fogem à normalidade, como pedir que você minta ou omita alguma informação”, alertou novamente a delegada.

por Jéssica França

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