Já Aparecida utiliza justificativa social para ser contra ao novo processo. “Vai piorar porque muitas pessoas às vezes usam outros meios para chegarem ao trabalho e vendem o vale para comprar alimento, pagar uma conta ou outra necessidade”, opina. Vale-transporte como moeda Um ambulante que vende vale-transporte no local falou que muitos colegas vão perder com a adoção da bilhetagem eletrônica. O rapaz que preferiu não se identificar falou que vende cerca de 120 vales por dia. Em contrapartida, a assessoria da Setransp fala que além da comercialização ilegal, o novo sistema, que começará a ser testado em agosto, promete reduzir o número de assaltos ao transporte público na capital sergipana. Por Glauco Vinícius e Carla Sousa
O vale-transporte de papel está com seus dias contados. Até o final do ano, 100% dos trabalhadores já deverão ter aderido ao cartão Mais Aracaju Vale-Transporte, em sistema de bilhetagem eletrônica semelhante ao já utilizado pelos estudantes. Com a mudança, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setransp) visa modernizar o sistema e combater a comercialização ilegal do ticket.
Nas ruas da capital, a opinião pública está divida. O trabalhador Ricardo Correia, por exemplo, acha a modernização interessante, já que o modelo foi adotado pela maioria das grandes cidades brasileiras. Já pessoas como Thiago Bispo e Aparecida Menezes acham que muita gente sai prejudicada com o novo sistema. “O vale de papel é mais prático na hora de passar a catraca. A gente percebe já pelo cartão estudantil que o sistema eletrônico demora”, disse Thiago. Thiago Bispo acha o vale de papel mais prático
Muita gente sairá perdendo com a extinção do ticket de papel. Diversos ambulantes e estabelecimentos aceitam o vale como forma de pagamento, como João Batista, que vende doces e cigarros em uma barraca no calçadão da rua João Pessoa, centro de Aracaju. “Uma média de 50 pessoas compram diariamente aqui usando vale. Além disso, conheço bastante gente que lancha e até almoça pagando com vale-transporte, por isso eu acho que o pobre é que mais sai prejudicado com essa mudança”, diz. João na sua barraca no Centro
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