A virada de ano em Aracaju foi marcada, principalmente, pela confusão e pelos engarrafamentos. Depois da queima de fogos, a volta para casa foi cheia de dor de cabeça tanto para quem estava na festa da Prefeitura quanto para quem preferiu ir até a comemoração do Governo do Estado. A principal reclamação foi a falta de ônibus e de táxis e algumas brigas. Durante a semana, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito vinha solicitando que os interessados em passar o Reveillon na Orla de Atalaia deixassem seus carros em casa. Muita gente preferiu ir de táxi ou de ônibus até o local, mas a maioria das centrais de táxis ficou sobrecarregada com a demanda. Segundo a professora Suzannah Freitas, o sentimento foi de indignação. “Esta é a minha cidade e Déda é o meu prefeito, mas ontem me senti a pior das aracajuanas. Eu e meu namorado tentávamos ir à praia para a festa saindo do Conj. Augusto Franco, seguindo os conselhos de deixar o carro em casa e utilizar o transporte público, quando descobrimos que os táxis que transitavam pelo outro lado da pista só aceitavam passageiros se fosse para dar a volta pela Coroa do Meio”, explicou. Continuando, a professora relatou que acabou pegando um ônibus para chegar à Orla, mas que “como o trânsito estava um caos próximo ao Terminal de Integração, viemos andando até o entroncamento da avenida Heráclito Rollemberg. Nós e outras dezenas de pessoas acenávamos para táxis que passavam vazios e se recusavam a pegar passageiros a partir dali, fora do caos. Seguiam direto para ganhar mais dinheiro passando pelo engarrafamento de volta”. A denúncia da professora foi apenas um de várias outras. Um casal de turistas que não estava hospedado na Orla de Atalaia disse que conseguiu pegar um ônibus apenas às 5 horas. Às 4 horas eles iniciaram a procura por um táxi. Suzannah disse que levou uma hora procurando por um táxi e que chegou em casa com dores musculares e de cabeça. SMTT – De acordo com Jairo Alves, assessor de Comunicação da SMTT, o “grande movimento em horário de pico em festas é difícil em qualquer parte do mundo. A quantidade de pessoas concentradas na Orla tornou difícil a organização do trânsito no local. Mesmo trabalhando em conjunto com a CPTran, o efetivo não foi suficiente para controlar a situação”, disse. Jairo explicou que a frota de táxis e ônibus foi elevada, já que se previa um aumento significativo de carros circulando pelo local. Apesar disso, ele disse que o principal problema foi o fato de a maioria das pessoas tentarem voltar para casa no mesmo horário: a partir das 3 horas. “O povo tem o direito de reclamar, mas não esperávamos a presença de quase 90 mil pessoas”, lamentou. A docente, decepcionada, garantiu: “Não pretendo ir a outra festa dessas, não nessas condições. Imagine os turistas. Me chateei com a organização e Aracaju vai precisar de novas vias de escoamento para aquela área da praia e uma organização inteligente do tráfego e serviços. Os taxistas ainda me pagam essa. Ao menos chegamos em casa a bordo de um táxi que provavelmente interceptou no rádio o nosso pedido de um veículo e veio nos salvar”. Por Wilame Amorim Lima Da Redação do Portal InfoNet
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