Família sepulta corpo de garoto em Estância

Cidade de Estância (Foto: Portal Infonet)

O corpo do estudante Alisson Souza dos Santos, 14, será sepultado nesta sexta-feira, 3, na cidade de Estância. O sepultamento está marcado para às 16h no cemitério local. O corpo foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta sexta, 3, e está sendo velado na residência onde o garoto morava com o pai, Cláudio Alberto dos Santos, e a madrasta Marta Maria Matos Alves.

O clima é de emoção e de forte tensão. O vendedor ambulante Cláudio Alberto não consegue conversar com as pessoas. Bastante abalado, Cláudio Alberto revelou ao Portal Infonet que ainda não encontrou palavras para entender a tragédia. “Nem sei explicar isso. Não pensei em nada”, resumiu. A esposa, Marta Maria, está no terceiro mês de gestação, enfrentando uma gravidez de risco e seu estado de saúde, segundo confessa, piorou depois da tragédia. “Tenho cólicas e fico toda tremendo”, disse.

Na família, o sentimento é de revolta. Na opinião de Marta Maria, a escola tem responsabilidade na tragédia. Ela disse ao Portal Infonet que há testemunhas informando que uma das professoras da Escola Municipal Dorijan dos Santos, onde Alisson era matriculado no 6º ano, teria orientado o grupo de alunos a ir ao povoado Dizilena para pegar as palhas de coqueiro que seriam utilizadas na decoração junina da escola. Cláudio Alberto não fala, mas Marta defende que a família ingresse com ação judicial contra os responsáveis.

A reportagem do Portal Infonet tentou ouvir a direção da escola, mas conseguiu contato apenas com a professora Flora Cristina Soares Assunção, que leciona naquela unidade de ensino e responsabiliza a falta de seguranças e de guardas pela tragédia ocorrida na quinta-feira, 2. Ela se contrapõe à informação da madrasta do garoto, dizendo que não houve nenhuma orientação para o grupo ir catar as palhas de coqueiro em local perigoso quanto àquele no povoado Dizilena. “Em momento algum eles foram mandados. Todo ano tem esta festa e, por mais que a gente diga pra eles não irem buscar as palhas sozinhos, eles vão. Porque eles são teimosos”, diz a professora.

A professora Flora Cristina informa que a escola realmente programou a saída monitorada, com participação de um grupo de alunos para catar as palhas de coqueiro, mas a data não seria a quinta-feira, 2. “Estava marcada a saída para amanhã (sábado, 4) com o grupo acompanhado pelo professor de educação física da escola”, revela a professor. “E seria um grupo bem maior que aquele que foi ontem [quinta, 2]”, complementa a professora.

Por Cássia Santana

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