Pessoas em situação de rua se alojam em frente a posto de saúde abandonado na avenida Euclides Figueiredo (Fotos: Portal Infonet) |
Vinte duas famílias se alojaram na área em frente ao prédio de uma unidade de saúde abandonada, na avenida Euclides Figueiredo. Essas pessoas se encontram em situação de rua há pelo menos 2 anos, e entre elas, estão aproximadamente 39 crianças e mulheres gestantes. Elas estavam no assentamento Santa Maria, no Siqueira Campos, e foram despejadas.
As dificuldades enfrentadas são diversas. Sandra Vieira, uma das que ocupa o local, fala sobre os problemas cotidianos. “Não temos água potável, energia ou segurança. Para tomar banho, precisamos entrar no prédio por um buraco na parede. Comida a gente tem que comprar uma coisa ou outra, mas não é suficiente. É tudo muito precário”, reclama.
Sandra Vieira reclama das dificuldades enfrentadas no local |
Outra alojada comenta a situação. “Aqui a gente tem contato com ratos e mosquitos da dengue. Algumas crianças estão doentes, temos dificuldades de fazer nossas necessidades aqui, é vergonhoso. Meu filho está com diarreia por causa do calor. Poucas pessoas nos ajudam, e precisamos do amparo da Prefeitura”.
Outra queixa é sobre a falta de segurança. Sandra informou que o local é perigoso por haver tráfego constante de usuários de drogas no local. "Muitos deles vêm usar drogas por aqui. Um deles tentou invadir, e só há dois homens, o resto é de mulher e criança. Ele só foi embora porque gritamos, mas sempre têm muitos deles circulando por aqui, querendo entrar ou roubar nossas coisas".
Assistentes sociais da Prefeitura de Aracaju estiveram no local nesta segunda-feira, 30, e fizeram o cadastro das famílias acampadas. A assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) informou que as pessoas em situação de rua irão compor uma lista para participar de futuros programas sociais.
Entre as 22 famílias acampadas, estão 39 crianças e mulheres gestantes vivendo em condições precárias |
Atualmente, segundo a assessoria, existem cerca de 1.400 famílias cadastradas para receber auxílio-moradia, e que a administração faz uma reavaliação do benefício para conceder ou não a novos membros. Sobre novas unidades habitacionais, não há, no momento, nenhuma em construção, segundo Ademar Queiroz, assessor de Comunicação da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb).
Por Victor Siqueira e Jéssica França
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