Famílias de ocupações encontram Seidh fechada

Famílias aguardam reunião marcada para as 17h (Foto: CSP-Conlutas)

Famílias das ocupações 17 de dezembro e Terra Prometida, apoiadas pelo Luta Popular e a CSP-Conlutas, estão nesse momento em frente a Secretaria do Estado de Inclusão Social (Seidh). Eles reclamam que estão impedidos de entrar porque as portas estão fechadas e a Polícia Militar está no local.

De acordo com o CSP-Conlutas, depois de uma manifestação ocorrida na segunda, 19, ficou acordo que as famílias das ocupações seriam recebidas para uma plenária com o secretário Zezinho Sobral, no auditório da secretaria, às 17h de hoje, 21. Entretanto, os ocupantes comunicaram que chegariam pela manhã, para fazer plantão e esperar a chegada do secretário.  Segundo a CSP, a Seidh garantiu que as portas estariam abertas e a PM não seria acionada, mas ao chegar na secretaria as famílias das ocupações foram recebidas com as portas fechadas e a presença da polícia no local.

Ainda segundo informações do CSP-Conlutas, as famílias reivindicam que o governo cumpra com o acordo que foi estabelecido no final o ano passado. O acordo garantia casa para todas as famílias em um conjunto habitacional a ser construído no terreno das ocupações. Enquanto o conjunto fosse construído, todas as famílias seriam assistidas pelo auxílio moradia e deveriam ser cadastradas até 15 de janeiro.

O Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação da Seidh que se manifestou através da seguinte nota:

"O grupo esteve na Seidh na segunda-feira, pedindo para ser recebido e, para isso, foi agendada uma reunião para hoje, às 17h. Contudo, eles se anteciparam e chegaram às 07h30, ameaçando invadir o prédio e, em grupos, bloquearam todas as portas da Seidh –  inclusive, derrubaram um portão que se localiza na lateral do prédio. Sem entender o porquê da atitude exaltada se a reunião já estava agendada para logo mais, a equipe da Seidh pediu que formassem uma comissão para conversar. Enquanto isso, devido às ameaças e ao bloqueio dos portões, os próprios usuários do NAT, que se encontravam no prédio aguardando atendimento, sentiram-se ameaçados e acionaram, por conta própria, a polícia, que destacou um negociador para conversar com o grupo, juntamente com a equipe da Seidh. Acalmados os ânimos, os presentes foram acomodados para aguardar a reunião das 17h".

Com informações do CSP-Conlutas