Móveis foram colocados no meio da rua (Fotos: Portal Infonet) |
Sem ter para onde ir, as 45 famílias que foram despejadas de um terreno localizado na rua Maria Rezende Machado no bairro Coroa do Meio [conhecido como Lar Boa Esperança], optaram por acampar na mesma rua. Eles fecharam a via após montarem lonas improvisadas para se alojarem junto aos seus pertences.
A reintegração de posse ocorreu no último dia 16 de janeiro e foi acatada pelo juiz de direito Luis Gustavo Serravalle Almeida da 6ª Vara Cível deferida em 7 de agosto de 2014, após ação movida pelo proprietário do imóvel.
A coordenadora do movimento, Rinalda Barbosa conta que a situação dos ocupantes é a mesma. ”O prefeito diz que não vai fazer nada porque ocupamos espaços particulares. A gente obedeceu à ordem judicial, mas o dono do terreno nem tomou posse do terreno. Aqui tem muita criança e idosos em situações preocupantes”, afirma.
Famílias vivem ao relento |
Além de estarem ao relento, às famílias contam com apenas uma cozinha improvisada para preparar alimento para todos os moradores. Para iluminar o local, as famílias contam com a iluminação de um dos postes que fica em frente ao terreno desocupado. Já a água é fruto de doações de vizinhos.
Doações
A moradora Regina Celia Gentil conta que a situação dos moradores é preocupante já que as famílias estão vivendo de doações. “Estamos jogados. Aqui a gente está vivendo com ajuda dos vizinhos que nos trazem alimentos como arroz, feijão e pão. Pedimos que o prefeito tenha piedade de nós porque estamos precisando da compreensão dele”, lamenta.
Em um quarto improvisado com apenas madeiras, Joelma Santos disse não saber mais o que fazer. “Eu estou aqui porque não tenho para onde ir. Durmo aqui com mais quatro crianças que são meus sobrinhos. A comida a gente pede ajuda aos vizinhos porque não temos o que comer”, afirma.
Auxílio moradia
Joelma Santos dorme com mais quatro sobrinhos |
A Defensoria Pública do estado já havia entrado com uma ação solicitando que o município de Aracaju concedesse auxílio moradia as famílias. A liminar foi acatada pela juíza Simone de Oliveira Fraga, entretanto, o município recorreu da decisão e a presidência do Tribunal de Justiça acatou o recurso da prefeitura, impedindo a concessão do benefício.
O defensor público Alfredo Nicolau entrou com um agravo regimental para que o pleno do tribunal reveja a decisão da presidência, mas segundo ele, o agravo ainda não foi apreciado pelo TJ.
Por Aisla Vasconcelos
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