Famílias retiradas da Prefeitura reclamam de condições em galpão

(Fotos: Portal Infonet)

Após uma semana de ocupação, 188 de famílias que estavam acampadas na porta da Prefeitura de Aracaju foram retiradas por uma determinação judicial e encaminhadas a dois galpões, um na Avenida Ayrton Teles e outro na Avenida Euclides Figueiredo na noite desta quinta-feira, 2. O problema é que neste primeiro dia, diversas famílias que inicialmente foram retiradas da invasão da Água Fina no bairro Santa Maria, reclamam das condições em que foram colocadas no local.

Na manhã desta sexta-feira, 3, a reportagem do Portal Infonet foi até o local e constatou que dos três banheiros, apenas um estava funcionando, isso para que mais de 100 pessoas pudessem tomar banho e fazer suas necessidades. Além disso, eles reclamam não ter o que comer, já que a maioria vive de ‘bicos’ para ganhar dinheiro.

De acordo com o sem teto Adriano Vital Lima dos Santos que está com a esposa e três filhos, as famílias que foram transferidas desde às 20 horas de ontem ainda não receberam nem água.

“Viemos aqui ontem por volta das 20 horas, não nos deram água e nem comida, o galpão tem apenas um banheiro para todo mundo. Prometeram-nos uma casa para o futuro, quem sabe em 2014 ou 2015, mas o problema é que necessitamos de uma casa para agora, pois não podemos passar vários anos morando em um galpão”, afirma.

A Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Semasc), informou que ainda nesta sexta-feira, 3, a Prefeitura de Aracaju irá iniciar a entrega de cestas de alimentos, colchões e cobertores e água filtrada para todas as famílias por iniciativa própria.

O sem teto Adriano Vital Lima

Ainda segundo a prefeitura não existe uma data específica para que as famílias continuem no galpão já que a manutenção delas no local foi determinada por uma medida judicial e de forma provisória. “Eles são novos cadastrados e serão contemplados com projetos futuros. A maioria das pessoas realizou o cadastro para ser contemplado com uma casa há dois meses, alguns há duas semanas ou até a uma semana“, complementa a assessoria de Comunicação da Semasc.

Por Bruno Antunes