Fetase cobra ações para combater a seca

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Sergipe – Fetase -, Francisco Rodrigues Farias, afirmou que se não houver medidas emergenciais para se combater a seca, o sertanejo vai morrer de fome. Ele ressaltou que já enviou um relatório ao governador João Alves Filho explicando a situação de miséria em que vive o homem do campo. Farias frisou que 18 municípios já decretaram estado de calamidade pública e se não chover nos próximos dias esse número deve aumentar. “Nós não queremos esmolas do governo e sim mecanismos permanentes que venham dar condições aos trabalhadores rurais sustentarem as suas famílias”, diz. De acordo com o sindicalista, o governador João Alves ficou de receber uma comissão da Fetase para atender algumas reivindicações. Uma delas é que o próprio Estado compre alimentos diretamente do produtor, gerando emprego e renda no campo. “Se o feijão que nós produzimos fosse utilizado para a merenda escolar, o custo seria bem menor e o homem de campo sairia ganhando”, disse Farias, ressaltando que o governador é uma pessoa sensata e que em breve estará marcando uma audiência com a diretoria da Fetase no intuito de discutir os principais problemas da agricultura sergipana. REVITALIZAÇÃO DO CENTRO-SUL – O presidente informou ainda que a durante visita a cidade de Boquim, João Alves constatou a decadência da citricultura do Estado e se comprometeu gerar novos empregos com a implementação de um projeto de revitalização da região centro-sul. Farias prevê muitas dificuldades este ano para os trabalhadores rurais. A falta de alimentos é uma realidade na mesa do sertanejo. As frentes produtivas voltaram com outro nome e com os valores reduzidos. “Se os governos cumprissem o seu papel, não seria necessário a distribuição de cestas de alimentos”, disse Farias. Por Barroso Guimarães