Fontes diz não temer Conselho de Ética

Foto: Agência Câmara
Fontes reclama da forma como foi realizada a votação
O deputado federal João Fontes (PDT) afirmou que não tem medo de enfrentar um processo na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Federal. A afirmação foi feita na manhã de hoje, em entrevista concedida ao programa “Fala Sergipe”, da Atalaia AM. O deputado pernambucano Inocêncio Oliveira (PMDB), diz que pretende levar Fontes à Comissão e pedir a cassação do mandato do parlamentar.

O motivo seria o bate-boca protagonizado pelos dois, durante a sessão de votação da emenda que propunha o aumento do salário mínimo para R$ 384,24. Fontes reclamou da forma como ocorreu o andamento da sessão e Oliveira disse que entraria com um processo contra o sergipano, alegando falta de decoro, na Comissão. O peemedebista era o presidente em exercício durante a sessão em substituição a Severino Cavalcante (PP/PE) que, segundo Fontes, “saiu para assistir o jogo do Brasil”.

“Essas ameaças patrocinadas por uma motivação, como aconteceu ontem a noite, não me causam o menor medo e não vai, em hipótese nenhuma, impedir a minha luta pela verdade e por uma distribuição de renda justa para a população”, justificou Fontes, que disse estar protocolando, ainda na manhã de hoje, um recurso junto à Comissão de Justiça pedindo a anulação da votação.

 

A reação de Fontes foi tão enfática que chegou a figurar nos noticiários nacionais. O deputado, na entrevista que concedeu hoje, afirmou que ficou indignado não só com o fato do aumento de salário ter sido rejeitado, mas como se deu a votação. “Eles decidiram fazer uma votação simbólica e determinaram que os favoráveis ao aumento do valor levantassem o braço. Era nítida a maioria pelo aumento, mas eles, em dez segundos, fizeram a votação e definiram que a emenda tinha sido derrotada. Aquilo foi uma vergonha para a Câmara”, definiu o deputado, afirmando que teve o microfone cortado quando fazia um pronunciamento durante a sessão.

 

“Não tenho medo de ir ao Conselho de Ética. Ele cortou meu microfone de forma truculenta. Tenho a prerrogativa de ter minha liberdade de expressão respeitada”, reclamou Fontes, que acusou o Governo de usar uma “tropa de choque” para garantir que a emenda não passasse. “O Governo liberou R$ 1 bilhão, em emendas para que os partidos votassem contra o aumento”, afirmou. Ele também informou que além dele, apenas o deputado federal sergipano José Carlos Machado (PFL) assinou o requerimento para que acontecesse uma votação nominal na terça-feira, quando a matéria acabou sendo tirada da pauta.

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