Força Sindical e CUT disputam associados

Funcionários de telemarketing participam de tumultuada assembleia (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Em assembleia tumultuada realizada na porta da Força Sindical, operários da área de telemarketing debateram a criação de um sindicato específico. A assembleia foi convocada pela Força Sindical e acabou conflituosa em decorrência de uma disputa entre esta frente sindical e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que disputam o controle de representação sindical junto à classe patronal.

O resultado da assembleia é divergente. No entendimento da CUT, os trabalhadores decidiram recusar a proposta de criação de uma nova entidade sindical e vão se manter filiados ao Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (Sintel), vinculado àquela Central Sindical. Mas no entendimento da Força Sindical, os operários optaram pela criação do Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing, o que já foi realizado pela Força Sindical. “Os trabalhadores resolveram partir para a mudança porque não estavam sendo representados nem de fato nem de direito”, observou o sindicalista Rogério Tude, diretor de formação sindical da Força Sindical.

Segundo Rogério, o novo sindicato já possui uma diretoria provisória composta por 17 membros, sob a presidência de Daiana Cristina dos Santos. “Agora estamos em reunião de diretoria para definir as estratégias de luta do mandato desta primeira diretoria”, informou Tude.

Trabalhadores ocupam calçada em assembleia comandada pela CUT

Discordando do ponto de vista da Força Sindical, o sindicalista Valmir Santos, diretor da CUT, informou que, por decidir pela manutenção da filiação partidária ao Sintel, o grupo de trabalhadores de telemarketing seguiu para a sede do Sindifisco, onde será assinada ata ratificando o não desmembramento do sindicato, cuja cópia será encaminhada para o Ministério do Trabalho e Emprego.

Tumulto e desavenças

Por volta das 14 horas, os trabalhadores da área de telemarketing começaram a chegar na sede da Força Sindical e o clima começou a ficar tenso quando representantes da CUT e do Sintel ocuparam a calçada da sede daquela entidade sindical. Representantes da Força Sindical acusam as lideranças da Cut por tumultuar a assembleia geral, que deveria acontecer no auditório da Força Sindical.

Segundo o vice-presidente da Força Sindical, Alexandre Delmondes, a sede da entidade foi tomada por representantes da Central Única dos Trabalhadores e também do Sintel, que é filiado à CUT, para impedir o trabalho da Força Sindical na organização dos trabalhadores da área de telecomunicações. “O Sintel, que não representa esta categoria, e a Cut colocaram os seguranças usados pela Torre para atrapalhar a Força Sindical”, denuncia Delmondes.

Seguranças acompanham a manifestação

Mas esta versão é desmentida pelos dirigentes da CUT e do Sintel. Segundo o sindicalista Valmir dos Santos, diretor da CUT, a Central Sindical foi acionada por trabalhadores de telemarketing para interferir na questão porque a Força Sindical estaria tentando restringir a assembleia geral para fundação de um novo sindicato a empregados de uma única empresa. “E Sergipe tem entre oito a onze empresas de telemarketing”, ressaltou Valmir Santos.

Houve muito tumulto na porta da Força Sindical. Os dirigentes da Cut instalaram uma aparelhagem de som e realizaram uma assembleia geral paralela na calçada. “Ninguém impediu ninguém a entrar, as portas estão abertas, se tudo isto tiver marcado em edital é cumprir o edital sem violência e sem exaltação”, enalteceu o advogado Luís Vasco, assessor jurídico da Força Sindical, no momento dos embates.

Por Cássia Santana

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