FPI/SE resgata 1.632 animais silvestres em sua 4ª edição

O pixoxó é uma ave ameaçada de extinção

Durante a 4ª etapa da FPI/SE, os técnicos da equipe Fauna percorreram nove municípios com a missão de sensibilizar as pessoas a fim de diminuir a captura, comercialização e manutenção em cativeiro de animais silvestres.

Nas duas semanas de operação, 1.632 animais foram resgatados de cativeiro ilegal. A maioria dos bichos apreendidos eram aves. Papa-capim e cardeal do nordeste foram as espécies mais encontradas.

Espécies ameaçadas

Algumas espécies encontradas em cativeiro pela equipe Fauna estão ameaçadas de extinção ou são consideradas como vulneráveis. Nesta edição da FPI/SE, foram resgatadas 63 aves que constam nas listas de espécies ameaçadas elaboradas pela Convenção de Washington (CITES) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). São elas: um pixoxó; um periquito da caatinga, quatro papagaios verdadeiros, cinco papagaios do mangue, cinco maracanãs, 23 periquitos-estrela e 24 tuins.

O pixoxó, encontrado numa residência no município de Cedro de São João, é uma ave ameaçada de extinção (lista do MMA) que não ocorre em Sergipe. “Ele vem se tornando cada vez mais raro na natureza por causa da captura para engaiolamento, devido ao seu belo canto”, explica a coordenadora da equipe, Aline Borba. O pássaro, também conhecido como chanchão, xexéu, catatau, chachá e estalador, é encontrado do sul da Bahia ao Rio Grande do Sul. “O pixoxó resgatado em Sergipe será encaminhado a uma localidade de sua ocorrência para soltura”, completa.

Tratamento para devolver à natureza – O trabalho da equipe consistia em realizar abordagens residenciais para resgatar os animais, transportar, recepcionar na base, fazer triagem, limpeza, manejo clínico e manejo alimentar. Em seguida o animal era encaminhado para soltura ou para centro de reabilitação. Durante a fiscalização, 94% dos animais resgatados (1532 espécimes) foram devolvidos à natureza. “A reintrodução dos animais na natureza exige cuidado e persistente trabalho de estudo e monitoramento. Cada animal possui o seu tempo para ser reintegrado e essa reintrodução deve ocorrer sempre em área similar àquela em que foi apanhado”, ressalta Aline Borba. “Muitos animais que deram entrada na base encontravam-se em recintos com péssimas condições sanitárias e ergonômicas o que provoca diversos problemas de saúde”, explicou Aline. Os animais considerados inaptos para soltura, por estarem debilitados, seguiram para centros de reabilitação.

Atividades educativas – Os técnicos também realizaram palestras em escolas e receberam estudantes na base da Fauna. Na ocasião, cerca de 240 crianças foram ensinadas sobre os cuidados com a fauna silvestre. Para a procuradora da República Lívia Tinôco, coordenadora da FPI/SE, “estimular o contato das crianças com a realidade desses animais aprisionados e realizar atividades de educação ambiental com elas é uma etapa muito importante para a mudança de mentalidade das atuais gerações sobre a forma de nos relacionarmos com os animais e com a natureza”.

Outras apreensões da equipe – Nas fiscalizações, a equipe também apreendeu três peles de animais (jacaré, tamanduá e raposa), oito armas de fogo, 750 litros de combustível, dois veículos roubados, dois motores de motocicleta, três veículos adulterados (um automóvel e duas motocicletas). Também foi recuperada uma motocicleta roubada. Pelas infrações encontradas, dez pessoas foram detidas e encaminhadas para as delegacias de polícia nos municípios.

Fonte e foto: MPF

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