Fraude no INSS envolve duas associações com sede em Sergipe

Fraudes no INSS: PF e CGU fazem ação em seis municípios de Sergipe (Foto: Ascom/ PF)

Duas associações com sede em Sergipe estão entre as entidades investigadas pela Polícia Federal por envolvimento em um esquema de fraude contra aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A investigação aponta um prejuízo estimado em mais de R$ 6 bilhões. Detalhes da investigação foram exibidos neste domingo, 4, no programa Fantástico, da TV Globo.

De acordo com a reportagem, as associações sergipanas foram criadas com documentos falsificados e passaram a descontar, de forma automática, valores entre R$ 30 e R$ 50 diretamente da folha de pagamento de beneficiários do INSS. O esquema funcionava por meio da apresentação de supostos documentos de filiação, com assinaturas forjadas, o que permitia às entidades obter autorização para os descontos mensais.

Os valores apareciam nos contracheques dos aposentados como “contribuição” a associações, muitas vezes sem o conhecimento ou consentimento dos beneficiários. A condição exigida pelo INSS era apenas um documento que comprovasse a adesão voluntária à associação, o que foi explorado fraudulentamente pelos envolvidos.

Uma das investigações teve início após denúncias feitas por uma aposentada da Bahia, que descobriu descontos indevidos e levou o caso ao Ministério Público Federal. A entidade responsável pelo desconto em seu benefício tinha sede em Aracaju, o que levou a PF a aprofundar as apurações em Sergipe.

A perícia da Polícia Federal comparou assinaturas originais com as constantes nos documentos apresentados pelas associações, comprovando a falsificação. Na operação deflagrada no final de abril, seis pessoas foram presas em Sergipe, incluindo os empresários Alexsandro Prado Santos e Sandro Temer de Oliveira, apontados como sócios e responsáveis por duas dentre as demais associações investigadas.

Com a repercussão do escândalo, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado por decisão judicial e, posteriormente, demitido pelo Governo Federal. Já o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão na sexta-feira, 2, em meio à pressão política. Para os cargos, o governo nomeou o procurador Gilberto Waller Júnior como novo presidente do INSS e o ex-deputado federal Wolney Queiroz como titular da pasta da Previdência.

Segundo a PF, o dinheiro repassado às associações era distribuído para diversas empresas em nome de laranjas. Ainda segundo a reportagem, a defesa dos empresários citados não quis se manifestar oficialmente. O Portal Infonet à disposição através do e-mail: jornalismo@infonet.com.br.

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