O padre responsável pela paróquia do município de Poço Redondo, frei Theodoro Gomes, afirma que vai recorrer a organismos nacionais e internacionais para pedir apoio um pedido de intervenção federal no Estado. O motivo, segundo o frei, é a impunidade. “Uma vez que a Justiça Eleitoral de Sergipe não toma nenhuma decisão, sobre os vários casos de improbidade contra prefeitos e políticos em todo o Estado, sabe Deus o motivo, pretendo recorrer a outras instâncias para ver se salvo meu povo que está a deriva. Por isto vou procurar a Comissão de Justiça e Paz da Conferência Nacional do Bispos do Brasil – CNBB -, a imprensa nacional e internacional e, se necessário, até a Organização das Nações Unidas”, afirmou. Theodoro Gomes está em Sergipe há cinco anos e já foi pároco nos municípios de Propriá, Gararu e, por duas vezes, Poço Redondo. Ele explica que esta vivência no interior do Estado fez perceber que a população está apática com relação às atitudes dos políticos. “Em Sergipe nada acontece, porque há um atrelamento muito grade na alta-esfera social. Acaba sempre tudo em ‘pizza’. O que me levou a isto, então, foi ver o sofrimento de um povo sendo massacrado, enquanto que as autoridades fazem festa com o dinheiro público. Em Gararu, por exemplo, onde fui padre por dois anos, o prefeito, Francisco Albuquerque, tem, até onde sei, 87 processos correndo na justiça. Foi afastado do cargo pela juíza da comarca, Marta Suzana, há mais de um ano, teve o diploma casado, mas continua atuando por força de liminar. E este é apenas um dos casos do Estado”, explica. O padre diz que está organizando vários documentos, inclusive com orientação jurídica, e viaja em breve.