Funcionários da Embrapa entram em greve

Dezessete unidades da Embrapa votaram a favor da greve em todo o país (Foto: Arquivo Infonet)

Os empregados da Embrapa Tabuleiros Costeiros iniciam greve por tempo indeterminado nesta terça-feira com o objetivo de pressionar a diretoria a buscar apoio do governo para negociar o Acordo Coletivo 2011/2012. Na semana passada, os empregados haviam paralisado os trabalhos por três dias como forma à pressionar a diretoria e o governo a atender as reivindicações.

De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf/SE), Francisco Elias Ribeiro, a diretoria da Embrapa, cuja sede se encontra em Brasília, mantém sua postura de intransigência em não querer negociar, nem buscar o apoio do governo  para a solução do conflito.

Os empregados da Embrapa Tabuleiros Costeiros já haviam rejeitado a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho apresentado pela direção da Embrapa na semana passada momento em que foi votada uma paralisação de três dias. “Só resta a greve como forma de pressionar os dirigentes da empresa e o governo à atenderem as reivindicações”, disse o presidente do Sinpaf-SE.   

Os empregados da Embrapa reivindicam reajuste salarial de 10,51 %, melhores condições de trabalho, isonomia de benefícios e correção da tabela salarial. 

Até o momento de votação, das 42 unidades da Embrapa, de todo o país, 17 votaram a favor da greve e três se manifestaram contra. O número deve aumentar, pois as assembleias acontecem em cada unidade nesta segunda-feira e se estendem também na terça-feira.

O presidente do Sinpaf/SE afirma que o momento é propício para o atendimento das reivindicações. “A arrecadação bateu recorde no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período de 2010 e o Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário apresentou crescimento de 7% no mesmo período”, disse Francisco Elias.

“Isso quer dizer que as contas públicas estão bem e os serviços e tecnologias gerados pelos trabalhadores da pesquisa e desenvolvimento também vivem um bom momento, portanto, tudo é favorável para a concessão das reivindicações”, complementa.

Fonte: Sinpaf