Funcionários dos Correios em Sergipe deflagram greve a partir de hoje

Os funcionários dos Correios em Sergipe deflagraram greve a partir desta segunda-feira, 19. A suspensão das atividades será por tempo indeterminado. O indicativo de greve foi anunciado após uma assembleia com a categoria, realizada na sexta-feira, 16. Na oportunidade, os trabalhadores rejeitaram a proposta feita pelo Governo Federal.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios de Sergipe (Sintect-SE), a empresa ofereceu um reajuste salarial linear, mas apenas para janeiro, enquanto a data-base da categoria é em julho/agosto. “Postergar esse reajuste para janeiro nos faz perder a reposição da inflação desde agosto. Na sexta-feira, realizamos uma assembleia, e a maioria dos trabalhadores decidiu pela greve, que deflagramos a partir de hoje, aqui em Sergipe”, destaca o Sintect .

Ainda de acordo com Sindicato, a categoria está há 12 anos sem concurso público, o que é uma das principais reivindicações. “Não lutamos apenas por melhores salários, mas também por melhores condições de trabalho. Essa defasagem de trabalhadores, que já dura tanto tempo, resulta em uma sobrecarga para carteiros, atendentes e outros funcionários. Por exemplo, um carteiro que deveria cobrir um distrito agora precisa cobrir dois ou três. Em muitas localidades, o carteiro passa hoje numa rua e só volta a passar 3 ou 4 dias depois, justamente por causa do déficit de pessoal”, detalhou.

Correios

Por meio de nota, os Correios disseram que seguem operando normalmente em todo o país com cerca de 92% do efetivo trabalhando. Segundo a empresa, todas as agências do Brasil estão abertas e as entregas estão sendo realizadas.

“A empresa já adotou medidas como remanejamento de profissionais e realização de horas extras para cobrir as ausências pontuais e localizadas devido à paralisação anunciada pelo sindicato em nove cidades”.

Ainda de acordo com a nota, na quinta-feira, 15, os Correios apresentaram a proposta final para os sindicatos, com várias melhorias, e a expectativa sobre a aceitação pelos trabalhadores nas assembleias da categoria é positiva.

por João Paulo Schneider