Gestante morre e família acusa Samu pela morte do feto

Samu contesta acusação da família (Foto: Arquivo Infonet)
Maria Lenildes de Jesus, 22 anos, moradora do município de Estância, morreu na manhã da última segunda-feira, 6, após se sentir mal. A vítima sofria de epilepsia e estava grávida de sete meses. O feto também acabou morrendo e a família acusa o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de demorar a prestar socorro.

Segundo informações da Delegada Anneclay, a família relatou que teria entrado em contato com o Samu, na tentativa de salvar a criança, mas a orientação passada pela atendente foi de que a família acionasse o Instituto Médico Legal (IML), pois a mulher já estava morta. “Nós fomos até o local para dar um apoio, mas a informação das pessoas que estavam lá foi que alguém já havia ligado desde as 11h da manhã. Nós chegamos ao local por volta das 12h40, ligamos para o Samu e com 15 minutos, aproximadamente, eles chegaram ao local e constataram a morte tanto da mãe como da criança”, explica a delegada.

Ainda de acordo com Anneclay um procedimento deverá ser instaurado e encaminhado para o Ministério público para apurar a questão da demora ou não do Samu. “Como se trata de um caso de morte natural, o caso será instaurado pela Delegacia Regional. Nós da Delegacia da mulher só fomos até o local prestar um socorro e tentar ajudar”, salienta a delegada.

Samu

O coordenador do Samu estadual, o médico Edvaldo Santos, classificou como absurda a acusação contra o serviço. Ele explica que na ficha de atendimento registrada quando do pedido de atendimento, a pessoa que realizou a ligação disse que a vítima já havia sido encontrada morta, dando a descrição do estado do cadáver e que o corpo havia sido encontrado algumas horas depois da morte.

“É impossível que, nessa situação, o bebê estivesse vivo. Com a morte da gestante, o feto sobrevive em um tempo máximo de seis a dez minutos. Quando a equipe chegou no local para constatar a morte, o que deve ser feito pela polícia, já havia formiga na boca da vítima. Tinha se passado pelo menos três horas da morte, é impossível que o bebê estivesse vivo”, explica Edvaldo.

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