Gilmar Carvalho, deputado estadual, afirmou ontem, dia 17, pela manhã, que teria ouvido da Secretaria de Estado da Educação que diretores de escolas iriam ao Ministério Público. A ida seria motivada para denunciar líderes estudantis que conseguiram convencer colegas a saírem das escolas para participarem de uma manifestação ocorrida na última terça. Gilmar disse que, recentemente, houve uma manifestação de estudantes, apoiados pelo Governo do Estado. Segundo ele, existem duas Uniões Sergipanas dos Estudantes Secundários (Uses): “uma governista e outra de oposição e elas têm que assumir a posição do lado que estão”. Continuando, o parlamentar falou que duas manifestações estavam marcadas para acontecer, uma contra o governo municipal (PT) e outra contra o governo do Estado (PFL). O problema é que a primeira não teria sofrido restrições, enquanto a segunda não chegou nem mesmo a ser realizada. Cada uma tem que assumir a sua posição ideológica. “O Governo do Estado não pode fazer política partidária usando quem quer que seja, visto que os diretores de escolas têm os salários pagos pelos contribuintes e o colégio público não pode ir para o palanque de ninguém”, julgou Carvalho.
GUALBERTO – Quem também se manifestou sobre a questão foi o deputado petista Francisco Gualberto, que chamou a atenção para o envolvimento de políticos em meio aos estudantes. Gualberto disse que um grupo de jovens o procurou, pedindo ajuda para a confecção de faixas, com o slogan “Tem ladrão contra a corrupção”. Porém, o parlamentar disse que “esse processo não faz mal, porque o importante é que se tenha a limpeza do país”.