Governador recebe extensa lista de reivindicações do MST

Reunião aconteceu no Palácio dos Despachos (Foto: Janaína Santos)
A direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) apresentou nesta quinta-feira, 8, uma lista de solicitações ao governador de Sergipe, Marcelo Déda. 

Os pedidos tratam da infra-estrutura dos assentamentos à regularização fundiária. Durante a reunião, realizada no Palácio dos Despachos, o governador anunciou que secretarias e órgãos estaduais vão se envolver com a questão agrária, em contato permanente com o MST e a Federação dos Trabalhadores Rurais (Fetase).

Dentre as reivindicações do MST estão a infra-estrutura dos assentamentos, licenciamentos ambientais, distribuição de sementes à criação de agroindústrias, assistência técnica à educação para os assentados e mecanização à disponibilização de agrônomos e topógrafos para acelerar a regularização fundiária. 

O governador anunciou que vai criar um órgão voltado para a questão agrária. “A Secretaria do Planejamento vai deflagrar a discussão, inclusive com a participação do MST e da Fetase, para a formatação desse órgão, que terá a função de levantar, propor, encaminhar, integrar e cobrar soluções para as questões agrárias do Estado”. O governador também informou que, assim que terminar o planejamento estratégico do Governo do Estado, vai chamar os órgãos federais que atuam em Sergipe para integrar as ações no campo.

Déda garantiu ainda que serão realizadas obras emergenciais para melhorar a infra-estrutura dos assentamentos. Assegurou que buscará parcerias com a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) e com o Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) para viabilizar a produção agrícola em 13 pequenas várzeas, beneficiando 370 famílias.

De acordo com Déda, o Estado vai distribuir 800 toneladas de sementes selecionadas adquiridas diretamente junto à Embrapa, sem intermediação.
Aos dirigentes do MST Déda afirmou, por fim, que o Estado vai discutir com a Petrobras uma parceria para a implantação de uma usina piloto de biodiesel no sertão sergipano. No setor da educação nos assentamentos, o governo quer levar para o sertão escolas de ensino tecnológico e um projeto de educação itinerante, que levará o professor até o assentado.

Os integrantes do movimento também pediram que o governador solicitasse ao Ministério do Desenvolvimento Social a manutenção do Programa do Leite como é hoje, com a participação de pequenos laticínios, e não com somente duas empresas distribuindo leite, como acontecia anteriormente. “Os pequenos agricultores e produtores querem essa logística, pois movimenta a economia deles. Estamos negociando isto junto ao Ministério e eles pediram ao governador para reforçar a negociação”, disse a secretária de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social, Ana Lúcia Menezes.

“A nossa impressão do governo do Estado é muito boa na forma como estamos sendo atendidos e como estão sendo encaminhadas as nossas questões”, disse o coordenador estadual do MST, João Somariva Daniel, após a reunião. “Temos encontrado boa aceitação e achamos que a reforma agrária vai avançar muito em Sergipe”, afirmou ele, que estava acompanhado por mais sete dirigentes do Movimento no Estado.

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