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Grevistas liberam apenas meia porta (Fotos: Portal Infonet) |
A greve dos agentes da polícia civil trouxe muitos transtornos para as pessoas que, nesta terça-feira, 4, procuraram o Instituto de Identificação para a emissão de documentos pessoais. Uma grande fila foi formada na porta do instituto na avenida Hermes Fontes, inclusive com pessoas que já tinham procurado, sem sucesso, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) com este mesmo objetivo.
Os agentes em greve se concentraram em frente ao Instituto e impediram a abertura das portas. “Se eles querem direitos que façam suas manifestações sem prejudicar a população, é uma falta de respeito com o cidadão”, desabou o vigilante Carlos dos Santos, 35, que tentava a emissão de um atestado de antecedentes criminais para encaminhá-lo à empresa que o contratou. “Já recebi o ultimato da empresa e se eu não levar este documento hoje, vou perder o emprego”, lamentou o vigilante.
A vendedora Josefa Taciane Melo dos Santos, 27, saiu às 4h da manhã de Itabaianinha para tirar uma segunda via da carteira de identidade. “Não sabia que eles estavam em greve e até agora ninguém disse se a gente vai ou não ser atendida”, desabafou. “Perdi um dia de trabalho para não ser atendida”, completou.
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Público aguarda atendimento
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“Saí duas horas da madrugada de casa [povoado Ilha, em Itabaianinha] para tirar os documentos dos meus dois filhos e até agora nada, espero que hoje eu consiga”, desabafou a merendeira Maria Neuza de Jesus, 62.
Por volta das 7h30, os agentes permitiram a abertura parcial da porta, houve liberação de senhas e aos poucos a fila que se formou na porta foi dissipada, permitindo o atendimento parcial. O diretor do Instituto, Lívio Cabral, disse que os funcionários teriam liberdade para aderir ao movimento grevista, mas informou que todos os funcionários compareceram ao posto de trabalho e estariam trabalhando normalmente para atender a todos aqueles contemplados com as senhas.
O diretor do Sinpol, Plínio Vieira, informou que a greve é motivada pela falta de negociação das reivindicações. “Em 2013, o governo deixou os servidores sem reajuste linear, em 2015 ele ameaça não dar reajuste e em 2014, o governo fez acordo vinculado à saída do limite prudencial da lei de responsabilidade fiscal e agora ele faz manobra contábil e diz que continua no limite prudencial para não atender as reivindicações”, revela o dirigente.
Por Cássia Santana
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