Uma coletiva de imprensa foi realizada na manhã desta quarta-feira, 18, na sede da CUT Sergipe para anunciar o cancelamento dos atos previstos na Greve Geral em todo o país. Conduzida pelos líderes das principais centrais sindicais (CTB, CUT, CSP Conlutas e UGT), a coletiva esclareceu que a paralisação das principais categorias está mantida, mas as manifestações estão suspensas em conformidade com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o novo coronavírus (Covid-19).
O momento serviu também para que os sindicalistas apresentassem um documento contendo 18 medidas de proteção aos trabalhadores como forma de sugestão aos governos Municipal, Estadual e Federal. Entre as medidas, estão a necessidade de ampliação de investimentos em educação, de proteção aos moradores de rua, de suspensão dos efeitos da reforma da previdência, de vacinação contra a gripe em todos os trabalhadores, entre outras.
De acordo com o presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB Sergipe), Adeniton Santana, o momento é de responsabilidade com a população, mas sem perder o foco de resistência às atitudes do Governo Federal. “Resolvemos cancelar os atos no dia de hoje, mas continuamos na defesa dos direitos dos trabalhadores. Esse é um momento em que o governo retira direito dos trabalhadores, mas é também o momento em que os trabalhadores mais necessitam desse direito”, afirmou.
O presidente da CUT Sergipe, Roberto Silva, ressaltou que, dentre as medidas sugeridas, uma deve ser levantada com afinco para que a saúde da população não seja comprometida. Trata-se da Emenda Constitucional 95, que prevê o congelamento dos gastos públicos. “É preciso suspender os efeitos da Emenda Constitucional 95 para ampliar os investimentos em saúde pública. Só ano passado, o Brasil deixou de investir R$ 20 bilhões em saúde e isso é fruto dessa emenda”, destacou.
Roberto completou ainda que, apesar da ausência de atos com aglomeração, o dia ainda será de mobilização com um panelaço/apitaço que está previsto para ocorrer às 20h30 desta quarta. “Defendemos que hoje seja um dia de mobilização nas redes sociais e que também haja um apitaço exatamente às 20h30 de hoje em defesa das políticas públicas, do serviço público, além da proteção dos trabalhadores”, finalizou.
por Daniel Rezende
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